quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Procura-se Minha Namorada - Capitulo Vinte e Um


Juliane ON.

Em fim sexta-feira! Não agüento mais essa escola!
Fechei meu armário e quando estava saindo... Esbarrei com as gêmeas.
– Mas se não é a nossa queridinha! Minha órfã favorita. – O inferno! Mais sínica que essa ai só a gêmea dela.
– O que vocês querem?
– Vamos visitar um lugar. E você, Juliane... Vem junto! – Sabe quando a coisa não vai prestar? Pois bem, eu tenho um leve pressentimento de que não vai prestar! E pra piorar apareceram Joshua e Clark do time de Rúgbi. Sim, os namoradinhos capachos dessas duas nojentas! O ruim é que eu sou sempre a ultima a sair e agora o corredor estava devidamente vazio, a não ser por nós, claro!
– Lola, pra onde vocês estão me levando? – Sabe aquele negócio de filme, que tem as patricinhas e elas dominam. Pois bem, aqui também é assim. Só que nos filmes, elas são mais boazinhas.
– Está quente hoje né Juh? – Comentou a outra gêmea com um sorriso que me deu medo.
– Espera... Não! Isso não! – Tinha uma parte da escola que eu NUNCA ia. E tinha meus motivos. – Joshua, Clark! Por favor, me soltem!
– Desculpa Juh. Mas a Lola é minha namorada e isso não vai dar certo. – Ah que ótimo! Quer dizer que o imbecil é pau mandado? Pior que ele era!
– Está de maiô Jujuba? Vamos te dar um banho, pode ser? – Quando eu vi as duas piscinas da escola, senti meu corpo todo se espedaçar. A essa altura eu já estava chorando, mas eu não fazia muito fiasco por que... Eu estava sem forças pra isso.
– Por favor! Por Favor! Não faz isso, eu não posso entrar na água! – Como se servisse avisar.
– Calma Juh. – Cadency veio até mim e secou uma das minhas lágrimas. – A piscina nem é funda! Você sabe nada, não sabe?
– Não eu não sei nadar! Você sabe que eu não posso! – A droga da piscina deveria ter uns dois metros de profundidade no mínimo.
– Então está na hora de aprender.
– MAIS QUE PORCARIA É ESSA!? – poha, salva pelo... Pela Ângela?
– Ângela!? – Perguntaram as duas gêmeas em uníssono.
– Como sempre, Lola e Cadency fazendo merda junto dos seus namoradinhos sem cérebro. – Bufou. – Olha só patricinhas, eu vou avisar uma única vez e espero que entendam. – Parou na frente delas. A essa altura eu já tinha me soltado e me agachado no canto mais longe das piscinas. – Se chegarem perto da Juh de novo. Se a fizerem chegar perto de uma dessas piscinas, ou de qualquer porcaria que seja eu caço vocês. E com certeza, botaria a cabeça de vocês como enfeite na minha parede da sala. Duas vadias. Duas cadelas gêmeas na minha parede! – Cara, o jeito como ela falou me deu medo. – Entenderam?
– Sim.
– Eu não ouvi. Entenderam!?
– Sim, Ang. Nós entendemos! – Lola mesmo morrendo de medo, tentou se achar. Confesso que “quase” ri da cena. As duas acompanhadas de seus namorados idiotas saíram do salão com uma cara!
– Hey, você está bem? – Ângela se sentou ao meu lado.
– Não. – Cara, essas garotas eram do mal! Todo mundo sabia do meu “problema”.
– Não se preocupa. Elas não vão te encher o saco. Nem fazer coisas tão ruins como as de hoje.
– Espero mesmo.
– Vamos, eu te levo para casa.
– Não precisa. – Que estranho, ela não é minha amiga.
– Deixa de ser chata Juliane. Acha que eu não sei que você veio pra escola com um cara que tem fama de prostituto. Não pode aceitar a carona de uma velha líder de torcida? – Ta, não teve como não rir.
– Tudo bem, eu aceito sua carona!
Juliane OFF.
Algumas Horas DEPOIS...
– Tom, vamos comigo na casa da Chris?
– Não vai rolar Bill. Eu marquei de sair com uma garota. E amanha é a festa do aniversário da Megan. O Gezão disse que ia me ajudar, então ele comprou as coisas e depois nós dois juntos da Samantha pseudo- Chefona arrumamos as coisas. Preciso de descanso.
– Vai sair com uma garota, onde está o descanso nisso tudo?
– No meio das pernas dela! – Falou como se fosse obvio!
– Car*lho Tom! Eu poderia dormir sem essa.
– Também te amo maninho. – Tom saiu de casa e Bill ficou com cara de: WTF!?
Depois o Kaulitz mais novo seguiu para casa da nova namorada [que passou o núcleo da novela sem conseguir realmente pedi-la em namoro]. Que a propósito não havia chegado do trabalho. Então resolveu bater um papo com a sua cunhada!
– Juh, por que você tratou tão mal o meu irmão nesses últimos dias?
– Eu já pedi desculpas.
– Eu sei, o Tom me disse. Só que se você explicar tudo, desde o principio. Talvez eu não ache que tudo é infantilidade da sua mente adolescente. Por que pelo o que o Tom contou, e eu sei que ele conta do jeito dele. É o que parece.
– Quer tudo desde o principio?
– Desde que você nasceu.
– Não exagera. – O encarou, mas com um sorriso no rosto.
– Ta. Desde e o problema com água e tudo mais.
– Ta. Pode ser. Então... Desde o começo quando na minha vida vocês eram uma banda de que eu gostava, eu preferia o Gustav e você. Ai, quando eu conheci todos vocês eu simpatizei com todo mundo, como já é do meu feitio. – Sorriu. – Sinceramente eu não era com a cara do Tom. Mas depois eu o conheci melhor e vi que era um bom amigo. Na noite que ele e deu uma carona por causa daqueles garotos, eu estava muito assustada. Tanto que quando cheguei em casa foi difícil esconder da Chris. Depois, quando eu estava na varanda e o Tom foi pra lá, aconteceu algo meio chato. Tipo, nós quase que nos beijamos. – A cara do Bill foi algo! – Calma, nós NÃO nos beijamos. Pra falar a verdade, rimos dessa situação que logo foi esquecida. Porque... Credo! Aquilo seria o fim!
“Mesmo assim, eu me afastei um pouco, porque é bom evitar. Agora, aquele negócio dos splinkers... Resumindo: Quando meu pai era vivo, tinha uma regra de não mexer nos regadores. Tipo, eu e a Chris éramos proibidas de mexer, tanto que tem um aviso pra isso. Mas também não foi exatamente por isso que eu xinguei o Tom aquele dia. Cavando mais o buraco do passado... Eu tinha uns quatro anos por ai. E eu estava brincando com a Chris no jardim, com os splinkers ligados. Mas naquela época, esse jardim gigante que você vê ai não existia totalmente. Na verdade tinha uma baita piscina. Piscina essa que eu fiz questão de cair e me afogar como uma idiota.”
“Depois disso, eu fiquei meio que traumatizada. Não entrei mais na piscina nem de brincadeira. Nem na praia e nem em qualquer coisa semelhante. Por desistência o meu pai aterrou a piscina. As férias dele acabaram e ele voltou para alto mar. Sim, um grande marinheiro, que infelizmente morreu no mar. Irônico não? - Mesmo rindo, algumas lágrimas caíram. – Isso é o que eu posso chamar de azar? Talvez pareça idiota.”
– Não Juh! Vem cá. – Bill a abraçou e Juliane continuou contando.
– Bom depois disso ai sim que eu não cheguei mais perto de grandes acúmulos de água. Os splinkers caíram em desuso e virou regra não mexer mais. Minha mãe me levou no psicólogo, mas foi ridículo e eu não voltei lá. Depois que eu assustei o Tom, tentei no outro dia não demonstrar ter realmente acontecido algo. Quando ele me levou para a escola, até fez umas perguntas sobre o assunto, mas ele não entenderia.
– Aham...
– Ta. Ele me deixou na escola e depois foi até a minha sala me entregar o fichário. Nem acreditei quando o vi ali. Ninguém acreditou. E tem duas loucas, chamadas Lola e Cadency. Elas são hiper fãs do Tom. Na verdade são só loucas e psicopatas de certo. Elas foram atrás de mim no recreio e fizeram mil perguntas que eu não respondi. Depois eu liguei para o Tom, pra saber da minha carteirinha do ônibus. Eu disse que ia a pé e ele se ofereceu para me buscar. Eu estava tão agitada que acabei negando. As gêmeas ainda estavam na escola e se elas o vissem por lá, perto de mim. Era capaz de me darem um tiro! Depois que desliguei o telefone comecei a me afastar da escola, mas antes a Lola deu o ar da graça com o carro do pai dela e meteu aquele baita bicho pra cima de mim. Ai apareceu o Tom e eu fui com ele depois dele brigar comigo e me chamar de várias coisas que eu não digo que estão erradas. Só não gostei da parte de me afogar. Eu queria pedir desculpas pra ele, mas eu estava “naqueles dias” e parecia que meu orgulho tinha inchado DEMAIS.
“Ai hoje, como era sexta-feira, todos saíram cedo da escola. E eu fiquei atrapalhada com algumas coisas e fui uma das ultimas a sair.As gêmeas apareceram com seus namorados gigantes e ridículos e me forçaram a ir até o salão... De piscinas. – Quando ela falou isso, Bill a apertou. Como se a coisa parecesse um filme de terror. – Ela disse na cara de pau que ia me jogar lá. E eu sei que ia. Eu implorei pra elas não fazerem isso, mas... Elas com certeza fariam. Imagina... Imagina o animal que você mais detesta, ou tem medo. Imagina a coisa mais nojenta do mundo. E agora junta, e imagina que alguém te ameaçasse ate jogar nessas coisas. Eu quase morri, sinceramente. – Secou as lagrimas. – Depois apareceu a Ângela. Que era ou é amiga da Chris. Antes ela era mais amiga da Barb quando pequenas. Antes de eu entrar em cena. Ela nem era minha amiga. Mas pelo jeito virou. “
– Acabou?
– Olha, eu só vivi dezesseis anos. Não dá pra sofrer mais filho. – brincou.
– Nossa, nossa mesmo! E por que não falou pra alguém que elas te incomodavam?
– Bill, não é a primeira vez. Elas sempre me maltrataram e eu aceitei de boa. Desde que eu cheguei naquela escola, elas jogam na minha cara que eu sou a órfã que servi pra ocupar o lugar da Barbara. Eu não ligo. Posso até mudar de escola, mas elas vão continuar atrás de mim.
– Tem certeza que não quer mudar de escola?
– Tenho. – Sorriu. – Me promete uma coisa?
– Sim, claro.
– Não conta pra ninguém o que eu te disse. Por favor!
– Tudo bem, agora limpa o rosto. – Olhou o relógio. – Caramba, já é tarde. Onde sua irmã está?
– Hoje ela tinha curso. Não se preocupa por que daqui a pouco ela está ai. E o seu irmão. Onde se meteu dessa vez?
– Saiu com uma garota.
– E eu achando que você me diria alguma novidade. – Começaram a rir.
– Já virou rotina mesmo. – O celular do Bill começou a tocar e o mesmo atendeu. – Alô? [...] Ah Georg, não dá pra você me fazer esse favor?[...] Tudo bem, me dá o endereço. [...] Ta. Obrigado, eu vou lá. – Desligou o telefone emburrado.
– O que foi?
– Tom. – Isso pra mim sempre corresponde a: problemas.
– O que ele aprontou?
– Está em uma boate, bêbado. E eu vou ter que ir lá buscar.
– Posso ir junto?
– Não é tarde?
– Mas só vamos trazer o bebum para casa. – Debochou. – Deixa Tio Bill! Deixa!
– Nossa, tio Bill? Apelou. Vamos logo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário