quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Namoro, Fama e Alguns Rolos a Mais - Capitulo Três


(Mélani)
Pânico. Eu naquela lata voadora era traumático.
Arrisquei-me a olhar a paisagem de cima, mas parecia pior ainda, como aquilo era bonito. Mas não ficaria nada bonito se caíssemos de lá.
Tudo pelo Tom. Ai, ele me dava um pouco de trabalho. Não, mentira, ele nem dava trabalho nada. Eu não sei se o que estou fazendo é certo, mas em tese. Eu já estou em uma lata voadora chegando ao campo inimigo não posso recuar. Não mesmo.
Meu celular vibrou. Era uma mensagem, do Tom.
“Está com medo não é? Eu sei que está.”
Arght que garoto idiota. Ele estava me rogando praga.
Eu ia responder, mas a aeromoça pediu para desligarmos os celulares pois íamos pousar. Nesse momento meu coração começou a bater mais forte. Não sei se era pelo jeito que avião voava ou pelo medo e ansiedade de encontrá-lo.
Na saída do avião, eu tentei ficar calma, mas minhas mãos tremiam um pouco. Não falava nada de alemão e não conhecia ninguém, ah que medo!
Meu coração estava tão, tão acelerado que, quando avistei aquele ser perfeito, de óculos escuros e piercing (ah isso eu vi, reconheceria em qualquer lugar), foi como se meu coração estivesse em eterna corrida e batesse de cara no muro. Parou, faltou ar, morri ali. Ele andou um pouco apressado até mim, de cabeça baixa, sorriso estampado na cara, e de face rosada. Ah, quer mais que isso Mélani? Ein, ein!?
Quando ele chegou até mim, olhou nos meus olhos e sorriu. Cretino passou a língua no piercing e mexeu a sobrancelha. Minhas pernas fraquejaram, eu balancei e ele me segurou.
– Eu sei que a saudade e a minha beleza afetam as pessoas, só não sabia que era dessa maneira. – Eu me recompus, mais nem por isso ele me soltou.
– Só estou tonta da viagem bobo! – Sorri. Então aquele esperado beijo (esperei ele por dois meses), aconteceu. Tão doce, tão suave, tão perfeito. Isso parecia suficiente pra mim viver. Poderia ficar assim por um bom tempo, mais o meu pulmão não!
Ele segurou minha mão, e com a outra pegou minha mala.
– Eu posso levar Tom, é de rodinhas. – Eu disse que nem uma idiota.
– Eu também posso.
Quando estávamos indo para o estacionamento vi um bolinho de pessoas, com certeza jornalistas. Soltei a mão dele.
– O que foi? – Perguntou.
– Eu quero realmente levar minha mala. – Falei com uma cara infantil. – Deixa Tom! Me dá ela.
Ele me deu a mala, ainda sobrava uma mão. AI que saco! Peguei meu celular da bolsa e fiquei com uma mão puxando a mala e com a outra mandando mensagens.
Quando chegamos perto do carro dele, eu avistei o sujeito encostado no veiculo.
– Mélani! – Bill correu até mim e me abraçou. – Ah que saudades, você está bem?
– Ah Bill! Estava com saudades também, estou ótima e você?
– Ando Bem. Nenhuma novidade da minha parte.
Tom se meteu no assunto.
– Bill conheceu uma garota.
– Uma garota? – perguntei.
– Depois conversamos sobre isso. – Disse Bill pegando as malas e botando no carro.
Depois de insistir com Bill e Tom, eles me deixaram ir no banco de trás e os dois irem na frente.
O caminho do aeroporto até a casa deles não era muito longo. A casa era realmente bonita e eu já sabia, mas era realmente melhor ao vivo. Não importava, mas, não ia desvalorizá-la . Quando chegamos Bill abriu a porta pra mim e Tom veio logo atrás com as duas malas que eu queria levar mais ele insistiu.
– Vou largar suas coisas lá em cima. – Tom ia subir as escadas com as duas malas? Aham ta.
– Deixa que eu te ajude. – Eu disse indo até ele. – São minhas malas.
– Tudo bem, mais pega essa que é menor. – Ele me alcançou a maleta.
Bufei de leve, mas nada sério.
Subimos as escadas até o segundo andar, eram dois corredores. Pelo que Tom havia me dito era em um corredor o quarto e banheiro dele e no outro o quarto e banheiro do Bill. Interessante. E onde eu fico no meio dessa história? Na escada entre os dois corredores?
Tom abriu a porta do quarto.
– Você vai ficar aqui... – Ele sorriu. – Comigo.
– Tudo Bem. – Dei um selinho nele. – Eu não vou argumentar sobre isso.
– Que bom, por que eu não deixaria. – Ele segurou minha cintura e puxou-me para mais perto. O sopro do hálito quente dele em meu pescoço foi do tipo: “Me segura que vou cair”. Mas ali não era hora nem momento.
– Tom, não faz isso. – Me afastei um pouco. – Sabe que horas são?
– São que horas? – Disse ele com cara de tédio.
– De baixar o fogo e ir lá pra baixo... – Olhei pra ele. – Com o Bill!
– Por que ir pra lá?
– Porque preciso tomar um banho. Não é muito confiável ter você aqui.
– Não é mesmo. – Ele mexeu no piercing com a língua.
Fiz uma cara de hipnotizada, e pior que eu estava mesmo.
– Descobri seu ponto fraco Mélani. – Ele sorriu malicioso. Urght esse Tom!
– Já pra baixo Tom Kaulitz!
Como sempre fiquei viajando no banho. Mas tomei cuidado para não demorar muito, porque normalmente eu demoro, só que não estava em casa.
Enrolei a toalha no cabelo e sai do banho. Estava com uma bermuda jeans que normalmente usava em casa e um de meus blusões da GAP. Desci as escadas, e dei de cara com Bill no sofá.
– Senta ai Mélani. – Ele abriu espaço para que eu sentasse, estava com um notebook no colo.
– Você está assistindo televisão ou mexendo no computador?
Ele riu.
– Estou assistindo televisão. Mas também estou falando com a minha amiga.
– Ah! Pois é. Conte-me sobre ela.
Bill falou da menina por um bom tempo. Fiquei sabendo, de quase tudo sobre ela. Depois Tom se sentou ao meu lado com um prato de Waffers e me fez comer. Não sou do tipo que come essas coisas, até porque faço dieta. Não para emagrecer, mais sim pra manter o visual.
Depois de assistir televisão, comer e mexer no PC, Bill foi dormir.
Eu não gosto muito de programas de gente estranha. Mas no caso, TODAS as pessoas que passavam na televisão eram estranhas. Eu não entendi o que era falado, isso já era uma definição de estranho. Então, enquanto Tom avaliava os canais em cliques rápidos, eu mal prestava atenção. Vi que os cliques ficaram mais devagares na parte dos canais de esportes. Ele tentou não demonstrar interesse em um dos jogos, mas eu vi.
– Posso? – apontei para o controle.
– Sim, claro. – ele ficou com uma cara de dúvida.
Eu rezei para que voltasse para o Canal que passava o jogo de basquete, o controle era cheio de botões. Felizmente foi.
– Quero ver o jogo. Posso? – perguntei tentando não levantar suspeitas.
– Você gosta? – ele disse rindo. – Gosta de basquete?
– Gosto.
Eu não sei porque as pessoas gastam tanto tempo assistindo jogos, não acho que seja algo realmente interessante. Não acho e não acharei. O sono tomou conta de mim e eu dormi.
(Tom)
Muito esquisita essa história da Mélani, mas eu não ia julga- lá.
O peso de seu corpo pareceu aumentar, quando olhei para seu rosto ela já estava dormindo. Saquei... Ela nem queria ver jogo coisa nenhuma. Pra ela deve ter sido difícil agüentar todo esse tempo, por isso dormiu.
Levantei-me e a peguei no colo. Sim, ela era um pouco pesada, ainda mais para subir as escadas. Mas, não teria problema. Quando a deitei na cama, Mélani acordou.
– A droga! Já terminou o jogo? – ela estava bem no mundo da lua. – Quanto Foi?
– Pode parar, você queria que eu assistisse ao jogo, não? Pois bem. Eu assisti. – sorri.
– Não estou com sono agora. – Ela se sentou na cama.
– Eu até que não estou cansado, mas vou me deitar, então chega pra lá. – me deitei ao seu lado.
Como não estávamos com sono, começamos a conversar. Mélani falava cada coisa que já acontecera com ela, que não me passaria pela cabeça. Um erro dela foi me contar seu ponto fraco (Além do meu piercing).
– Então você tem cócegas? Bom saber... – passei a mão na cintura dela e comecei a fazer cócegas de leve. Incrível como ela era sensível ao toque. Eu mal a apertei e ela começou a rir.
– Para Tom. Para, é capaz de a gente acordar o Bill!
– Então fica quieta. – eu disse, mesmo sabendo que ela não ia conseguir.
– Tira a mão então. – ela bufou. – Se parar eu te dou um beijo.
Parei.
– Um beijo só? Não me serve! – voltei a fazer cócegas.
– Tudo bem! Quantos beijos você quiser. – ela falou desesperada já.
– Assim é que eu gosto. – passei a mão sobre seu rosto e comecei a beija-lá.
O clima começou a esquentar e depois de alguns segundos eu já estava em cima dela. Nada demais, eu ainda só estava beijando-a. Dos lábios, foram para o pescoço. Não sei por que mais eu esperava pelo momento em que Mélani me impediria de continuar. E era muito estranho porque ela não parecia ter problemas em dormir comigo, ela não parecia querer parar.
Sentimento esquisito, surgindo do nada. Coisa não identificada.
– Espera. Eu não consigo.

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