quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Namoro, Fama e Alguns Rolos a Mais - Capitulo Onze


(Mélani)

Nada como uma comédia depois do almoço. Eu e Tom no sofá assistindo filme e comendo pipoca. Bill entrou em casa, passou como uma rajada de vento e se trancou no quarto.
– O que será que aconteceu? - Tom perguntou preocupado.
– Deixa. Eu vou lá e falo com ele. Tenho uma ideia do que seja. - Larguei o pote de pipocas no colo do meu Kaulitz e subi até o quarto de Bill.
Bati na porta e entrei.
– Bill, eu vim falar com você.
Ele estava tapado na cama com a cara tapada pelo travesseiro. Me sentei ao lado dele na beirada da cama. Tirei o travesseiro de seu rosto, e como eu já esperava, estava péssimo.
Acho que eu poderia tirar minhas próprias conclusões, não?
– Ela ficou brava. - Ele disse.
– Você contou a ela? - Perguntei. Bill assentiu.
– Contei, e ela ficou decepcionada. Saiu do carro no meio da avenida, eu nem pude ir atrás.
Sua voz era deprimente.
Já que ele se sentia mal, eu também começava a ficar. Meu maninho mais velho ( eu tenho vinte anos), sofrendo por um amor que ele tanto esperou. Isso era clichê, né?
– Você fez o certo em contar. - puxei ele para um abraço. Abraço que durou vários minutos em silêncio.
Não era só um apoio. Eu era carente de irmãos. Sim, vamos fazer um draminha.
Ai ser filha unica é chato! Não tinha com quem dividir a culpa.
– Mel, eu não acredito que fui tão idiota.
– Xiiii, Bill.- tampei a boca dele. - Chega de falar sobre isso. Vocês têm um show hoje.
– Ah, é verdade. - Disse ele, se levantando.
Fingi estar animada.
– Então vamos lá! Animação nesse corpo Macky! - Quando falei seu pseudo- apelido ele pareceu surpreso.
– Macky?
– Sim, Tom me contou. - Sorri.
– Ah, Tudo bem. - Ele também sorriu. Mas não me convenceu.
– Bill, pelo menos finja estar feliz. Seus fãs não tem culpa de nada, eles tem que te ver feliz e perfeito. - Mexi nas bochechas dele tentando puxar um sorriso- Consegue sorrir?
– Consigo!

Depois que conversei com Bill e forcei ele a se alegrar, pedi para mexer no seu notebook.
– Claro que pode.
Na verdade eu queria só ver as noticias da faculdade, mas a home page dele era a seu próprio e-mail.
Isso me fez pensar... Tive uma ideia ousada, mais era uma ideia.
– Bill tem uma caneta? Preciso anotar uma coisa aqui;
Ele me alcançou enquanto arrumava a mala.
Abri o último e-mail recebido. Era da Susen, ela tinha mandado ontem o endereço do hotel. Perfeito!
Depois que eu anotei o que precisava, fechei a pagina e me levantei.
– Vou dar uma saída. Posso?
– Por mim... Mas o seu namorado está lá em baixo. - Ele riu.
– É que eu queria o seu carro emprestado. - Terminei a frase e fiz cara de pedinte.
Ele tirou o chaveiro do bolso e o estendeu na minha frente. Antes que eu pudesse pegar ele levantou mais alto. "Me chama de baixinha otário".
– Você sabe ao menos dirigir?
– Claro que sei! Agora me dá! - Pulei no braço dele e peguei a chave. Eu parecia uma criança de certo. - Obrigada.
– Érr.. nem precisa agradecer, você me roubou mesmo.- Bill piscou pra mim. - De nada.

Cheguei na sala, peguei meu casaco e dei um beijo no Tom.
– Onde você vai? - Estava demorando né Tom....
– É segredo. - Sorri e sai de casa.
Eu sabia dirigir, só não sabia dirigir bem.
Eu também não conhecia nada da cidade. Dirigir por essas ruas é como caminhar no abismo de olhos vendados.

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