quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Namoro, Fama e Alguns Rolos a Mais - Capitulo Dez



(Bill)

Acordei as dez horas da manhã, e pra quem tinha alguma duvida, isso já era bem normal. Mélani e Tom estavam comendo Waffles ( que coisa, parece que é a única comida que o Tom sabe fazer! Sendo que já vinham pré prontas), entrei na cozinha.
– Bom dia. - Disse sonolento.
– você dormiu Bill? - Perguntou Tom olhando pra minha cara, eu deveria estar muito escroto.
– Sim, só não dormi bem. - Assumi.
Me sentei na cadeira e baixei a cabeça, o sono ainda estava em mim. HÁ isso era muito ruim.
– Teve pesadelos? - Perguntou Mel.
– Não também.
– Então você está ficando louco. Porque sua cara é.. algo! - Tom riu e bateu no meu braço.
Eu não estava muito afim de brincadeiras com Tom, então nem continuei o assunto. Mélani só me cuidava, e isso me fez lembrar de como a noite de ontem me cansou.

Flashback On:

– Mais um gole. - Disse a mim mesmo levando a garrafa de Vodka até minha boca. Longos e Ardos, goles. Queimavam minha garganta e isso parecia o suficiente agora. - Bill, como você é um idiota, minha nossa!

Flashback Off.

– Bill, desculpa perguntar mas... - Mélani fez uma careta enquanto falava. - Você bebeu? - Quando ela perguntou isso, até fiquei surpreendido. Não falei nada, só continuei de cabeça baixa. Ouvi o suspiro que Tom deu. Ih, agora fudeu.
– Mélani... Pode nos dar licença? - perguntou Tom a ela.
– Claro. - trocaram um selinho e Mélani saiu para o patio da frente.
Tom largou a xícara de café na mesa e ficou parado em encarando. Eu estava de cabeça baixa, mas conseguia sentir seus olhos em mim.
– O que é Tom? - Perguntei sem me mexer.
– O que é?! O que é!? - Repetiu bravo. - O que você estava pensando Bill? Porque você bebeu??
Não que eu estivesse bravo com ele, até porque Tom estava certo (merda). Que coisa chata.
– Eu só bebi, não teve motivo algum.
– Você é uma criança as vezes sabia? - Ele deu um soco na mesa. - Não ia buscar a sua amiga no Aeroporto idiota?
– Susen... - Merda! Por um tempo tinha me esquecido que ela vinha.
– Sim! Susen... Ela vai adorar saber que tem um amigo bêbado! - Tom continuava me xingando.
Olhei o relógio da cozinha, 10:21.
Ela ia chegar a uma e vinte, por ai. Então dava tempo de me arrumar, bem bem.
– Vou tomar banho.- Me levantei, Tom segurou meu braço.
– Se beber sem motivo de novo. Eu bato em você.
Puxei meu braço.
– Você não é meu pai. Então não haja como um.
Eu cuspi as palavras nele. E mesmo que eu tenha ficado bravo com Tom, a culpa era toda minha.
– Então tudo bem. - Disse levantando as mãos. - Ferra você com a sua vida! - Grita, e sai da cozinha.
– Tom! - Andei até ele. - Tom, me desculpa. Eu só estou um pouco cansado.
Eu vi que ele queria ficar bravo, e estava. Mas não o suficiente para me dar as costas.
– Bill, pra que fazer essas coisas tão idiotas? Você mal bebe. Ai de um dia pro outro você acorda e diz: “ Vou acabar com o meu figado”? - Agora ele deu um soco na parede. Vai acabar dando soco em mim! - Não vou ficar assistindo você fazer merda.
E ali estava eu, na frente do meu irmão “mais” velho que queria me bater. Não tirava a razão dele mas, eu realmente não tinha motivo para ter pego aquela garrafa. Estou me sentindo muito idiota, putz.
– Ai, me desculpa.
– Tudo bem. - Tom respirou fundo.
– Sério, eu realmente não tinha motivo para beber. Talvez fosse por ansiedade. Por hoje.
– Tah Bill. Vai chamar a Mélani e depois fica uma hora de baixo do chuveiro. - Ele começou a rir- Por Favor!
Dei um tapa nele.
Lá na rua, sentada na grama, Mélani estava olhando a paisagem. “acho”
– Você pode entrar se quiser. - Me sentei ao lado dela.
– Eu já vou.
Por uns bons dez minutos, ficamos sentados na grama sem falar nada. Eu estava estranhando meu “querido” irmão não aparecer por ai.
Bem baixinho, eu ouvi um barulhinho. Era como um alarme sabe, em contagem regressiva. De alguma coisa...
– Ah mais que merda! - Me levantei.
– O que? - Mélani se levantou assutada. - O que aconteceu?
– Os... - Apontei e comecei a puxa- la. Tarde demais. Os Splinkers ligaram e começou a molhar tudo. Inclusive nós dois.
Entramos correndo dentro de casa.
– Eu não ia perder a chance. - Disse Tom rindo.
– Você, você fez de propósito? - Perguntou Mélani se aproximando dele.
– Fiz, vocês estavam quase dormindo lá ué.
Que cara de Pau!
– Você está muito se achando! - Mélani pegou a torneira da cozinha (na verdade era aquelas mangueirinhas que parecem um chuveiro) e molhou Tom.
– Caralho Mélani. - Ele riu. - Mereci! - Fingiu estar triste.
– Só há uma pessoa que merece ser molhada mais que qualquer um aqui. - Quando ela falou isso, imediatamente os dois olharam pra mim!
– Não! não e não. - Sai correndo pro banheiro.
– Bill, Bill, Bill. - Os dois sairão correndo atrás de mim. - Abre essa porta Bill!
Eu já ia tomar banho, não precisava ser molhado. Isso estava parecendo uma creche.

(Tom)

– A porta está aberta. - Mélani me mostrou. - É só você, repito, você. Entrar e molhar ele. - A parte do “você” foi engraçada. Mais eu entendi, não era certo ela entrar no banheiro, sendo que Bill ia tomar banho. Sacou? Imagina ela dar de cara com aquela lagartixa gigante denominada Bill Kaulitz. G-Zuis
– Tenho uma Ideia melhor. Vem me ajudar.
Descemos até a cozinha. Abri o congelador e peguei as cinco tigelas de gelo.
– Me alcança aquela balde. - Apontei.
– Aqui. - Me alcançou. - Você vai realmente fazer isso? - Perguntou indo.
– Obvio que vou. - Joguei todos os quadradinhos dentro do balde e subi as escadas devagar. Mélani parou em frente a porta,girou a maçaneta pra mim. E deu um risinho estilo “cúmplice”.
Bela vingancinha, para o meu irmão bebum.

(Mélani)

Abri a porta para que Tom entrasse com o balde. Mesmo ele não dizendo nada, eu esperei do lado de fora. O risco de ver Bill pelado era muito grande e... Não ia correr esse né.
Fiquei esperando em silêncio, só comecei a rir de verdade quando ouvi Bill gritar.
– Tom! Seu arshloch desgraçado! Eu vou morrer de hipotermia.
De fundo eu ouvia as risadas de Tom, certamente ele também estava todo molhado. Dava pra ver as gotas d’água até na porta.
– Eu sei que você tem participação nisso Senhorita Schafgen. - Bill gritou.
– Desculpa. - Respondi.
Crianças... Meras crianças.

Bill tomou banho e ficou um bom tempo no banheiro se arrumando. Não sei por que as pessoas misturam vaidade com homossexualidade, tão ridículo.
Na sala, Tom assitia jogo e eu pintava as unhas.
– Você sabe que hoje na noite, a banda viaja né?
– Sei? - Perguntei distraída.

Flashback On.

Depois de todos aqueles suspiros, beijos e caricias, veio a novidade.
– Mel... - Estranho, Tom não me chama assim.
– O que?
– Terça de noite, a Banda vai viajar.
Obvio que eu fiquei triste, mas nada de fraquejar!
– Tuuuudo Bem. - Sorri e o abracei.

Flashback Off.

– Você sabe! - Brincando com o controle.
– Não se preocupa, já me acostumei com aqui. Eu me viro. - Afirmei
– Então tah né.
Bill entrou desfilando na sala.
– Então, como estou?
– Bill você está... - Me faltou a palavra. --’

(Bill)

– Estou...? - Será que estava ruim? Exagerado?
– Perfeito! - Mel me abraçou. - Lindo, lindo.
– Ah que bom! - Sorri.

Depois de receber elogios e “boa sorte”, fui tirar o carro da garagem.
Eu estava rezando para não ser muito notado, e a principio, não estava sendo. Não consigo acelerar muito, mas já passava dos 80 km/h. Velocidade perfeita para tomar uma multa, não?
Deixei meu carro no estacionamento subterrâneo, assim era mais fácil na hora de sair. Olhei meu rosto no retrovisor, não estava tão reconhecível (acho). Desci do carro e comecei a andar em passos rápidos até o elevador. Ainda achava errado estar ansioso com tudo isso. Nada de amor para o rockstar lindo demais. Chora.
Parei na plataforma, procurei pelos recém-chegados.
– Moço, onde é a saída do voo que veio da Austrália? - Perguntei confuso.
– Ã... Ali. - Ele apontou.
– Danke. - Parei na frente dos portões.
Saiu todo o tipo de gente. Todo mesmo! Lá no fundo vi a diferença entre eles.
Cabelos loiros, olhos que pareciam ser verdes (estava longe), roupa social justa. Era ela.
Andei ao seu encontro.
– Susen! Certo? - Perguntei envergonhado.
– Bill! - Ela me abraçou. - Nossa você é... - Eu sou o que? o que!? - Bonito. - Quando ela disse isso. Nós dois ficamos vermelhos.
– Você também é, na verdade, foi por isso que te avistei de longe. Até por... - Parei de falar. Atrás de nós algumas pessoas comentavam. Merda! Fui descoberto. - Pera, vamos para o carro. - Disse, começando a andar.
– Claro.
– Eu levo uma das malas. - Peguei da mão dela. Acho que Susen não percebeu que estávamos “fugindo”.
Botei as bagagens no porta malas, e sai do aeroporto.
– Sabe Bill, você não me é estranho. - Suas palavras me fizeram tremer um pouco. Segurei firme o volante e sorri.
– Bom... você me conhece. É obvio que não sou estranho.
– Não, realmente te conheço de algum lugar. - Ela parou por um tempo. - Você já desfilou? Eu vi um cara que parecia você em um desfile. Mas, ele era cantor... sei lá.
Diminui a velocidade do carro no semáforo.
– Susen... - Respirei fundo. - Não fica brava tah?
– Com o que?
Era mais fácil jogar a bomba agora.
– Só eu falo, depois que eu terminar, ai você comenta. - Era agora MESMO. - Eu te Amo. Não sei se é certo mas, eu acho verdade. E, eu não sei se menti ou só ocultei a verdade. Meu nome é Bill Kaulitz e eu sou vocalista da banda Tokio Hotel. - Parei de falar e minha mãe tremia mais do que todo o resto do meu corpo. Susen baixou a cabeça.
– Porque não me contou?
– Eu só queria que... Uma vez as pessoas vissem só o Bill. E não o Bill Kaulitz.
– Você poderia fazer isso com qualquer pessoas. Menos comigo.
Depois de alguns segundos percebi que meu carro estava parado no meio da avenida. Comecei a dirigir, eu ainda não tinha o que dizer. Susen puxou o freio de mão do carro, que no mesmo instante parou e desligou.
– Não mesmo. Eu fico por aqui. - Ela desceu do carro e correu para calçada.
Seu olhar pra mim era tão... Sei lá. Não era raiva. Era decepção. Eu queria ir atrás dela, mas... Muita gente na rua e isso não daria certo.
Agora eu entendia Tom. Não era ele o verdadeiro fraco no amor.
Era Eu.

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