quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Namoro, Fama e Alguns Rolos a Mais - Capitulo Doze


Eu também não conhecia nada da cidade. Dirigir por essas ruas é como caminhar no abismo de olhos vendados.
Eu sempre duvidei dos GPS, embora nesse momento ele estivesse me ajudando a sobreviver. Eu achava que não reconheceria a placa de "Pare", mas até que eu consegui entender.
Quando parei com o carro na frente do Hotel, um manobrista parou do lado do carro e falou algo que eu não entendi. Obvio. Mesmo assim arrisquei, ele poderia estar dizendo: "Não pode estacionar aqui" ou "Posso guardar seu carro." ou até mesmo " tem mais do bagulho ai vadia" ( tah exagerei). Abri a porta do carro e larguei a chave na mão do cara que zarpou com o caro pra longe de mim. Só queria saber COMO vou pegar ele de volta.
Parei na recepção e uma moça alta veio me atender.
– Hello! Willkommen in Hotel Luxe... - Ela parou quando percebeu a minha cara de "what's?"
– Pode falar um idioma mais fácil?- Perguntei.
– Claro que posso. Em que lhe serve minha ajuda?
Ela estava falando esquisito, mas era o único jeito de entender. Vai assim mesmo. rsrs
– Vim visitar minha amiga, Susen ér... - Tentei me lembrar to sobrenome dela. - Susen Petroshel.
Ela olhou a lista de hóspedes no computador e pegou o telefone. Essa Susen tinha que ser no mínimo legal e me deixar subir!
–Qual é o seu nome?-Perguntou.
– Mélani! Mélani Schafgen.
Esperou. – Pode subir.
– Danke. - AHÁ isso eu sabia!
Dentro do Elevador era muito tenso. Eu rezava para estar fazendo a coisa certa, a cada numerozinho meu coração batia mais forte. Eu acho que estava exagerando afinal, eu só ia falar com ela. Não estava casando ou algo do gênero. A porta do elevador se abriu e eu comecei a andar pelo extenso corredor de paredes forradas com listras bege e lilás. Parei na frente do numero 567. Era aqui!
Toquei a campainha e logo a porta se abriu. Tudo bem que eu sou mulher mas, essa Susen era realmente bonita.
– Susen? - Perguntei.
– A própria. E você deve ser a Mélani. - Eu assenti e ela sorriu. - Entra ai.
Eu não a conhecia, mas sua cara não era das mais felizes. Realmente acho que o problema era grande, mas reduzido em três letras. Tah om ou quer mais?
Me sentei no sofá.
– Bom, meu nome é Mélani e eu sou cunhada, - Fiz aspas com os dedos.- Do Bill.
– Bill... - A palavra saiu tão lamentada. - O rockstar santinho da Alemanha? Olha, eu não tenho nada para falar com ele.
– Susen, o Bill não fez por mal. Ele confia em você, só que mesmo assim ainda tem suas inseguranças. Imagina que entre trinta pessoas, só uma seja confiável e você tenha que acertar qual delas é.- Suspirei. - O Bill te achou sem ao menos usar a fama e o dinheiro, você é especial. Por isso ele não falou nada.
– olha Mel... - Ela parou para me olhar. - Posso te chamar de Mel?
Sorri. - Sim pode. - Isso fez ela parecer mais ainda com o Bill.
– Então Mel, o Bill é meu amigo, um dos melhores. Mesmo que seja difícil de acreditar, eu não tenho muitas pessoas com quem eu possa partilhar meus sentimentos. Quando o botei nessa categoria, foi porque eu confiava nele. Mas o que ele fez... foi a gota d'água.
Eu sei que é idiota pra caramba mas. Eu queria chorar! Estava sendo mais dificil do que o esperado. Tive que apelar.
– Você sabe que ele te ama? Sabe né?
Parecia que ela tinha levado até um soco no estômago quando eu disse isso.
– Na verdade, eu não percebi. - Ela deixou o rosto cair sobre as mãos. - Ele me disse isso no carro, e eu nem prestei atenção! Como eu sou ridícula! Nesse caso, ele deve estar mal.
Bom, depois de tudo isso né. Acho que tinha conseguido alguma coisa.
– Hoje tem show da banda. Eles vão viajar daqui a pouco. Ainda dá para vocês dois se desculparem.
– Não posso sair. Estou sem minhas malas.
A! Agora ela ia deixar de sair por isso?
– Por Favor Susen. Por favor!
Ela me olhou com uma cara de "ai ta apelando". E eu estava mesmo.
– Está bem! Calma... - Afagou minha mão. - Eu não gosto que mintam para mim mas... Eu vou perdoá–lo
Literalmente pulei em cima dela.
– Muito Obrigada! Ah, agora vamos, eles daqui a pouco vão sair e... - Meu telefone tocou. Era Tom. - Só um minuto.
– Alô?
– Mélani onde você está?
– Estou voltando Tom.
– Perguntei onde você está! - Mais credo, parecia meu pai!
– Se esquecer essa pergunta te dou um presente. - ih, agora me meti em furada.
– Que presente?
– Uma coisa que só inclui eu e você.
– Te vejo daqui a pouco. - Ele começou a rir. - Beijos.
– Beijos.
Quando me virei, Susen estava de pé rindo de mim.
–Subornando seu namorado com sexo? Que lindo.
– Nem vem! Agora vamos?
– Sim.
Embora eu não soubesse o caminho de cor, dirigi mais rápido do que antes até a casa dos Meninos. Eu e Susen conversávamos sobre familia e trabalho. Ela queria até que eu a ajudasse na empresa.
– É essa a casa? - Perguntou, quando eu entrei na garagem.
– é.
Vi que ela respirou fundo antes de sair do carro. Que drama!
– Cheguei! - Disse abrindo a porta de casa.
– Quero o meu presente. - Tom parou na minha frente com os braços cruzados e cara de "Tédio".
– primeiro o presente do Bill. Cadê ele?
Tom me olhou confuso e respondeu.
– Lá em cima. Porque?
Fiz sinal para que Susen entrasse. A cara do meu namoradinho não foi a que eu esperava. Ele nem olhou a garota direito sabe? Que nem homem.
– Olá. - Susen estendeu a mão para Tom.
– Oi. - Ele a cumprimentou.
– Agora eu vou lá em cima... - Mas pensei melhor.– Susen, vai você sozinha.

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