Mélani desceu as escadas com uma cara de quem não fez nada. Eu e Susen começamos a rir.
– O que aconteceu?
– Nada Mél. - quando Susen falou isso, eu parei de rir.
– Você chama ela de Mél?
– Sim, algum problema?
– Nenhum, é que eu também chamo.
Nós dois ficamos nos encarando, até Mélani começar a rir. Me levantei.
– Vou falar com o Tom. - Eu não iria ficar com aquelas duas ali, não agora.
Dentro do quarto o Tom não estava, nem no closet e nem no meu quarto.
– Tom?! - Chamei.
– Aqui no banheiro seu cego!
Bati na porta e abri.
– Posso entrar?
– Sim.
Diferente da Mélani, ele tomava banho na banheira e enchia de espuma... O banheiro Todo! Não que eu gostasse de entrar no banheiro justo quando ele estava tomando banho, mas o assunto era tenso.
– Tom.. - fiz cara de "lá vem bomba".
– O que houve?
– Duas palavras para você. Luise - Letszig!
(Tom)
– Duas palavras para você. Luise Letszig! - Quando Bill falou esse nome, mesmo com a água quente, eu me arrepiei.
– O que tem ela?
– O blog, os post's ofensivos, as brigas, tudo! - Bufou. - Não tinha problema quando era só com a gente. Mas agora tem a Mélani e até a Susen no meio.
Eu sabia do caso da Mélani, mais esse da Susen eu não sabia. Até ela estava no mesmo barco?
– Como assim, Até a Susen?
– Luise conseguiu uma foto, minha e da Susen saindo do Aeroporto.
Bill estava bravo e parte da culpa era minha. Será que essa Luise nunca vai me esquecer?
Flashback on.
– Kaulitz, você nunca beijou uma menina? - perguntou incrédula.
– Olha minha idade garota. Posso muito bem ficar com uma menina agora se quiser.
Ela levantou as sobrancelhas em forma de desafio. Olhei ao meu redor, mas não havia quase ninguém na escola.
– Ai Tom, como você é lerdo! - A mina me agarrou, me beijou, e ainda me chamou de lerdo? Pode Parando!
Me afastei dela.
– Que saco Luise! Pra que me agarrar?
– Não queria beijar uma menina? Pronto. - Ela era muito atirada pro meu gosto. Que nojo, imagina quantos guris já beijaram ela??
– Sim, mas não queria ficar com você. Deus, você é muito atirada!
Ela fez uma careta pra mim e soltou a mão na minha cara.
– Pirralho repugnante!
– Humn... Vaca.
Ela se avançou em mim e começou a me bater, o pior é que eu não poderia revidar por que ela era menina! A diretora filha da mãe surgiu do nada xingando a gente.
– Sr. Kaulitz! Srta. Letszig! - Apontou - Pra direção, agora.
Começaram meus problemas.
Flashback Off.
– A Mélani vai dar uma entrevista.
– Entrevista pra quê?
– Ela não quer ser julgada. A Luise chamou ela de corna mansa Bill! - peguei a toalha do lado da banheira. - Ela esconde bem, mas está protelando. Eu sei que está mal.
Bill se levantou.
– Depois dessa, vou te esperar lá embaixo.
– Tudo Bem.
(Mélani)
– Por favor Susen! Por favor! - Sim, eu estava implorando. - Não me deixa sozinha aqui.
– Mél, Mél, Para! - Me acalmou. - Não posso me infiltrar na casa dos outros!
Já fazia uns dez minutos que eu estava tentando convence-lá a dormir aqui comigo.
– O que vocês duas tanto discutem? - Bill perguntou entrando na sala.
– Bill! - Pulei nele. - Diz pra Susen dormir aqui hoje! Diz! - Ultimamente eu estava muito infantil. Credo!
– Que ideia ótima Mél.- Sorriu. - Susen, fica aqui. Suas coisas já estão aqui mesmo.
– Como assim?
– Você não tirou as malas do meu carro.
Abri um sorriso e agarrei Bill.
– Wew! Agora a Susen fica!
– Tah eu fico. - Disse derrotada.
– Agora me solta Mél, você é pesada e eu vou tirar as malas da Susen do carro. - Bill se mexeu e eu o soltei. Susen me deu um tapa logo depois que Bill saiu.
– Que?
– Você mente muito mal! - Chegou mais perto- por que está triste?
Ah droga.
– É visível?
– Sim. - Susen falou baixinho.- Vai me contar?
– Vou. - Esperei. - Tudo que eu não queria está acontecendo! Aquela Luise, ela é só o começo. E as fãs, essas querem minha morte a todo o custo. - Baixei a cabeça. - Eu faço isso pelo Tom. Só por ele.
– Querida, você é forte. Essa Luise não vai ser problema.
Eu queria chorar, mas Tom e Bill ainda estavam em casa.
– Eu te ajudo com tudo isso. Vai conseguir?
Eu não queria desistir. Mais um dia isso me cansará.
–Está bem! Eu consigo.
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