quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Tom Eterno Conquistador - Capitulo Nove [ Final]


(Mélani)
Cheguei em casa e desabei em lágrimas. Me joguei no sofá e a raiva, tristeza e cansaço me torturava.
– Droga, droga, DROGA! – gritava histericamente. – Por que comigo!?
Sei lá, me doía demais tudo o que havia acontecido, sinceramente não gostaria de ter conhecido Tom. Eu o amava e isso era ruim, até poderia pedir para ele ficar e namorar comigo(na verdade eu nem ia precisar pedir) mas... Eu sei que amo ele então, tenho que fazer o certo. E nesse caso o certo é deixá-lo ir. Não tinha como entender. Não mesmo!
Não posso dizer o quanto chorei, nem mesmo se em algum momento eu parei de chorar. Depois de três horas assim, já não parecia que eu era uma pessoa... Talvez eu tenha morrido. De tristeza.
Mais era tudo mentira, por que meu celular tocou.
Droga. Morrer seria ainda melhor.
“Mélani fraca! Fugindo de seus problemas com a morte? Que lindo.” Minha mente era totalmente anormal.
Atendi o telefone.
– Alô.
– Mélani querida, sua voz está horrível! – Eu ainda não sabia quem estava falando.
– Pois é. Desculpa mas... Quem fala? – Minha voz estava em tons descontrolados. Uma droga. Na verdade agora tudo era uma droga.
– É o Bill! Olha, estou indo ai. Você está mau então eu vou ai. – Meu coração simplesmente parou. Por que ele viria até aqui? Ele tem que ficar com Tom. Acho que ele está mau.
– Bill? Ah Bill! Não precisa vir aqui. Tem pessoas que precisam de você, não gaste seu tempo comigo.
– Esqueça. Já estou na metade do caminho, sabia que você não ia querer ninguém ai, mas eu sou seu cunh..- Ele ficou em silencio, depois voltou a falar rápido. – Sei que precisa de um amigo. Beijos;
Antes que eu pudesse argumentar o telefone já havia sido desligado.
Corri para o banheiro e fui lavar o rosto, não queria deixar na cara que eu chorei que nem louca. Botei outra roupa e quando estava arrumando as almofadas (que eu joguei tudo longe), a campainha tocou.
Quando abri a porta, Bill me deu um abraço do tipo “quantos anos amiga”. Ele era muito simpático, e isso me fazia confiar nele.
– Você não deveria estar aqui. Tom precisa de você. – Eu disse com o coração mais apertado do que nunca, o fervor em meu rosto açoitava todo o corpo.
– Ele foi dormir. Gustav e Georg estão lá. Tivemos de alugar um quarto maior, porque estamos juntos em um mesmo quarto. Não é tão agradável, mais é por uma boa causa. – Sim, ele sorri resplandecente. Mas percebi que estava fazendo isso para não mostrar a preocupação e tristeza em seus olhos.
Suspirei. – Desculpa Bill. – Mélani! Não chora! Arght. – Desculpa por estragar o final de suas férias, desculpa por fazer Tom sofrer... - Tentei puxar o ar, mais isso causou algo que eu não queria. O liquido quente escorrendo pelo meu rosto. Ótimo... Estava chorando!
Bill me abraçou e me fez sentar no sofá.
– Querida não chore, nem se desculpe. Você não tem culpa da situação. Eu tenho que te agradecer por fazer de Tom alguém mais sensível. Finalmente ele conseguiu amar alguém, mesmo que seja algo difícil... Vocês se amam mediante a qualquer circunstância.
Como eu queria parar de chorar, mas isso parecia bem mais difícil. Eu estava deitada no sofá, com a cabeça no colo de Bill chorando desesperadamente. Tentei enxugar as lágrimas, mas ele não deixou.
– Não tem problema algum chorar. Você está triste e é só isso. – Ele me empurrou de leve para que eu levantasse. – Vem, vamos lá para o seu quarto. Você precisa dormir.
Realmente parecia que ele era meu amigo a muito tempo. Eu queria que suas palavras fizessem sentido em minha cabeça... mais isso era bem difícil.
Deitei na cama, me meti debaixo das cobertas. Bill se sentou na cama ao meu lado.
– Seu pai ou sua mãe, contavam histórias pra você antes de dormir? Os meus não. – Ele riu e eu sorri fraco para ele.
– Não. Minha mãe nunca foi disso. E meu pai deixou a gente quando eu tinha uns quatro anos. Não sei dele.
– A desculpa. – Ele baixou a cabeça.
– Não tem problema algum.Não sinto falta dele, e você não sabia também.
Eu não sei até que horas Bill ficou lá em casa.
Ele inventou de me contar histórias e eu acabei dormindo. De manha quando levantei, meu corpo todo doía, meu rosto estava inchado. “Por que será”
Em cima da minha escrivaninha havia um bilhete. Era dele mesmo, Bill.
Querida,
Fui para casa já que você dormiu. Não jogue mais as almofadas por toda a casa (sim eu percebi), elas estragam facilmente. Preparei uma roupa pra você usar hoje. Não adianta negar, hoje eu vou embora e você vem se despedir de mim direito. Vamos sair e almoçar fora. Como eu sei que você apareceria como um zumbi por aqui se te acordasse muito cedo. Eu botei o despertador para as dez e meia(você deve ter percebido). Nós te Amamos.
Beijos.
Billl.
Eu ri.
Nossa eu nem sei mais. Acho que estou com distúrbios emocionais.
Eu li e re-li o bilhete várias vezes. Parei na parte do: “ Nós te Amamos”. Me lembrei de Tom, e era obvio que ele estaria lá. Era melhor eu não ir, mas teria de ligar para Bill e pedir desculpas.
Olhei a ultima chamada recebida no meu celular( que era do Bill) e disquei o numero.
– Hello. – A voz sempre alegre.
– Oi Bill, é a Mélani. – Minha voz foi do tipo: “Negatividade no ar”
– Ah querida. Gostou da roupa que eu escolhi para você? Desculpa, eu mexi no seu guarda-roupa, mais queria te ver com algo diferente.
– Gostei da roupa sim. Não tem problema mexer nas minhas coisas. – Minha voz finalmente saiu descente. – Mas não sei se vou poder ir.
– Ah por que!? – Desapontamento foi pouco.
– Não sei. Acho melhor eu ficar em casa mesmo. Desculpa.
– Não! Se você não vem a despedida, a despedida vai até você! – Ele não ia desistir.
– Vou arrumar casa. – Não ia ter saída, então era melhor encarar.
– Estou indo sozinho ai. Vou te ajudar a arrumar. – Ele deu uma pequena ênfase na parte do “sozinho”, mais eu traduzi isso como: “sem o Tom”.
– Meu deus! Está bem. Beijos.
Pulei pra cozinha. Limpei toda (nem estava suja), depois fui tomar banho.
Quando estava viajando afu com a água quente. Alguém bate na porta do banheiro.
– Mel, é o Bill. Só pra avisar que eu cheguei e vou largar as compras lá na cozinha, está bem?
– Claro. – Não tinha encontrado pessoas que me chamassem de “Mel”, somente o meu melhor amigo, só que fazia tanto tempo que não o via. Parecia doce demais para uma pessoa como eu.
Depois que me vesti, sai do banheiro e dei de cara com Bill assistindo televisão. Na verdade ele estava xingando a moça do canal alemão. Eu nem sabia que tinha isso na minha TV. Eu tentei ler o que estava escrito no enunciado da noticia, mas eu não sabia alemão.
– Algum problema Bill?
– Não claro que não. – Ele sorriu. – Posso chamar os rapazes? Já botei a comida para esquentar.
– Sim. Usa o telefone aqui de casa. – Alcancei o telefone para ele.
Não demorou muito para que Tom, Gustav e Georg chegassem.
Ao me dar oi, Gustav me avaliou. De certo minha cara de choro ainda era visível.
– Vamos comer?! – Perguntou Bill trazendo os pratos.
– Eu te ajudo Bill.- Dissemos eu e Tom juntos. Eu estava bem “Away” de tudo que havia acontecido ontem, mas quando ele falou... tudo voltou a minha mente. Meu corpo vacilou um pouco, mas eu fiquei firme.
– Deixa que eu ajudo Tom. Você é visita. – Embora eu evitasse tocá-lo, minha mãe pousou sobre seu ombro, de forma que o fizesse sentar. Mais ele não sentou.
– Tah mais ele é meu irmão. E eu não sou mais visita. – Ele sorriu (tristonho).
– Tudo bem. Desisto. – Me sentei ao lado de Georg.
Enquanto almoçávamos os que mais falavam era Bill e Georg. Falamos sobre tudo, tudo mesmo. Mais não tocamos no assunto “partida”.
Percebi que Tom estava mais para baixo do que os outros. Nem precisava pensar muito para saber o porquê. Depois do almoço Gustav lavou a louça (depois de todos fugirem desse compromisso), e fomos para a sala ver um filme.
– Eu quero ver de Terror. – Disse Georg.
– Eu também. – Afirmou Bill.
– Gustav, Tom... o que querem assistir? – Perguntei.
– Pode ser terror. – Gustav se sentou no sofá. – Por mim tudo bem.
– A mesma coisa. – Tom nem deixou eu perguntar e já respondeu.
– Então que seja terror!
Sentaram-se Gustav, Georg e Bill no chão com as almofadas. E Tom e eu no sofá.
O filme era um tanto pesado, não me admira que eu nem o tenha tirado da capa depois de comprar. Tentei não expressar muito medo, mais eu me assustei em algumas partes. Tais partes que eu sem querer pegava a mão de Tom. Ele parecia inerte ao filme, só assistia e segurava minha mão quanto preciso. Da ultima vez eu levei um susto ele segurou minha mão e não a soltou.
– Para com isso. Eu to aqui, e isso é só um filme. – Ele sussurrou no meu ouvido. Eu fiquei meio em estado de choque sabe...0 hálito quente dele era reconfortante e ao mesmo tempo, convidativo. Tah parei!
– Não posso ter medo? – Perguntei sorrindo.
– Pode. Mas... – ele balançou a cabeça.- Esquece. Só acho que alguém durona como você, não deveria se deixar levar por histórias de ficção.
Nossa que assunto fora da linha, sabe.
– Eu não sei o que você está falando mais... É melhor assistirmos o filme. – Mostrei a língua para ele.
Na maioria das vezes eu era boa atriz, só que eu não estava mentindo para ele. Eu estava feliz.
“Mélani! Você não ia se afastar dele?? Que eu saiba ia!” minha mente estava me trazendo lembranças...
“Eu não posso. Hoje é o ultimo dia.” Respondi a mim mesma.
Nossa, eu precisava de um médico.
– Mélani... - Tom me balançou. – Você está com sono? Pode encostar-se em mim.
Eu não tinha dito nada ainda, mais ele passou o braço em volta de mim e me puxou mais para perto dele. Conseqüentemente, eu me encostei nele.
– Não estou com sono. Só estava pensando. – Respondi baixinho.
Ele se virou para televisão e continuou vendo o filme. Mais parecia impaciente porque ficava mexendo toda a hora com a língua no piercing.
– Tom, para com isso. – Eu disse sem graça. Na verdade aquilo era muito, sei lá... Sensual. UHAUAHSUASH’ Ai eu não deveria pensar essas coisas!
– Parar com o que? – Ele perguntou surpreendido.
No mesmo momento Bill se vira.
– O que o Tom está fazendo? – Ele olhou na verdade, mais para o Tom. No tipo: “se fizer algo errado eu te mato”.
– Calma Bill. Não é nada demais. – Sorri. – Pode voltar a ver o filme. – Ele sacou que era uma coisa do tipo : “ Com licença, a e b tah”
– Está bem.
Enquanto isso Tom ainda esperava pela respostas e eu ri baixinho.
– Seu piercing. Para de mexer nele.
– Te incomoda? – Ele disse de um jeito debochado, começou a mexer no piercing de novo. ARHGT! Aquilo era hipnotizante.
– Para. – Disse.
– Faz ele parar. – Agora isso foi no tom ultra desafiador. Ai eu queria resistir mais...
Pela primeira vez, a gente se beijou direito. Sem ele me agarrar e tudo, sabe...
Foi diferente, foi mais do que bom... foi fantástico, foi perfeito. Foi como se eu nunca tivesse beijado antes. Não sei porque mais algumas lágrimas caíram sobre meus olhos. Isso me assustou, eu nem tinha porque chorar. O ar faltou e eu me afastei. Por extinto passei minhas mãos no rosto para enxugar as lágrimas, mas não havia uma só gota. Olhei para Tom e percebi que as lágrimas não eram minhas.
– Oh Meine Gott. – Falei baixinho. – Você está bem.
– Podemos ir lá fora? – Ele perguntou sem me olhar nos olhos.
– Claro. – Me levantei e toquei no ombro de Bill. – Já voltamos.
– Tudo bem querida, vai lá. – Bill sorriu e voltou a prestar atenção no filme.
Fomos para frente de casa, já que nos fundos estava o cachorro e ele não gostava muito do Tom. Mentira ele amava o Tom e isso era chato. Ciúmes do meu cão. O fim!
– Porque estava ou está chorando? – Perguntei.
– Não sei bem. Beijar-te sem ser a força e sem você me bater foi... Perfeito. E eu vou sentir falta disso.
– Também vou. Mais temos que ser fortes não é mesmo? Eu sei que você gosta de mim e eu também gosto de você. Mais a distancia é algo que não vamos conseguir lidar. Eu, eu não ligo sabe... Para as fãs o assédio e tudo mais. Não gosto do Tom Kaulitz guitarrista pegador, eu gosto só do Tom. Aquele que tem mau gosto para musica, e que tem de aprender a ser mais amável. Eu gosto de você pelo que você é, e não o que representa. Mas, você vai estar tão longe Tom, tão longe. E nessa semana, não sei se foi o suficiente para eu achar que... Você mudou o bastante. – Nossa. Me superei agora. O meu estomago estava se apertando. Chorar?
– Mélani... E se, e se tentássemos. Sabe, tentar ter um relacionamento a distancia. E eu poderia vir te visitar. – Finalmente ele me olhou nos olhos. E isso era tão doloroso! Ai era tão ruim ter que dizer adeus.
– Tom, você tem que se dedicar a banda, aos shows e a sua vida. Se você tiver uma namorada que mora bem longe de você... sei lá, sua cabeça vai estar em outro mundo. – Eu queria namorar com ele. Realmente queria, mas não seria certo.
– Só tenta. Eu quero tentar, por que não quero desistir sem tentar. – Ele apartou minha mão de leve. Sabe, sem me machucar... era mais um suplicio.
– Ah Tom... – Suspirei. – Tudo bem. Eu tento.
Eu realmente comecei a chorar. Só que era de alegria.
Tom sorriu e me beijou. Quente e amável... sentiria falta disso.
(Tom)
Não sabia bem como ia fazer. Só sabia que tinha!
Ela era minha namorada agora. Isso era perfeito.
– Mélani, você quer namorar comigo?
De primeira ela me encarou, e como estávamos perto um do outro senti as batidas de seu coração, eram fortes e aceleradas.
– Quero. – Ela ficou vermelha. – Sim, eu ainda acho que é errado, porem, eu quero.
Beijei Mélani de novo. Era diferente das outras meninas, ela tinha mais vontade. Tipo não era aquela coisa: “Tom me coma!” ( sinceramente a maioria era assim). Ela me amava e eu sentia isso. Por que, eu não sabia como era amar alguém... Mas, esse sentimento era diferente de qualquer coisa. Então o classifiquei como amor.
No meu bolso algo vibrou. Olhei no visor do celular.
Depois de uma semana, era a única hora que eu não queria que chegasse.
– Você tem que ir não é mesmo? – Ela parecia tristonha.
– Sim.
– Tudo Bem. Vou chamar Bill e os meninos.
Na verdade ela parecia estar encarando essa melhor que eu. Essa coisa toda de amor era no mínimo bem gay. Mais esse era o meu pensamento antigo, agora eu entendo por que Bill quer se apaixonar.
No aeroporto, eu fui o ultimo a me despedir de Mélani. Bill chorou e ela também (drama legal... até no aeroporto [lamentável])
– Tom. – Ela me olhou. - Me espere. Eu vou ir até você um dia. – Isso me surpreendeu.
– Sério!?
– Sempre quis conhecer a Alemanha! - ela sorriu brincalhona. – Agora vai.
Deu ultimo beijo nela.
– Mélani.
– Sim.
– Cuide do meu coração. Pois ele ficou com você.

Tom Eterno Conquistador - Capitulo Oito


– Tom...- Eu vi que ela tentava falar calmamente. Seu punho estava fechado e ela fazia força. Não achava que ela poderia me odiar tanto. - Você tem dois minutos para me convencer de que eu não preciso chamar a policia, e muito mais... Não te bater!
02:00
Suspirei. Era melhor eu começar, mas o final eu já sabia. Um monte de insultos e ela me bate.
– O Bill veio do Canadá até aqui só para me ajudar com você. Porque..- Fui interrompido.
– Não quero saber do Bill.
– Tah, tah. Quer saber o que então?
Ela cruzou os braços, com o punho ainda cerrado.
– O porquê de tudo isso. Já disse que não vai ganhar nada. Seu orgulho ainda te faz persistir? – Eu vi que ela não era tão forte assim. O semblante de seu rosto ressaltava a vontade de chorar, tanto quanto a minha vontade ( Coisa de gay), distúrbios emocionais.
– Mélani, para mim você é diferente. Tipo, eu sei que você gosta da banda e de mim. Mas diferente das outras garotas, você não correu atrás e não tirou fotos ou deu entrevistas falando que eu estava correndo atrás de você. Não fez nada sabe, e parece que foi isso que me fez gostar mais ainda de você. – Suspirei. Já que ela não falou nada, eu continuei. – Amanha é meu ultimo dia aqui. E se eu não fizesse nada, me sentiria um idiota, ignorante e muitas outras coisas que o Bill falou hoje cedo. Você é a única garota que me fez chorar, LI-TE-RAL-MEN-TE ,- Separei as silabas para dar ênfase. – Eu estou com vergonha de mim mesmo. Eu já não sei mais o que fazer, e desculpa por entrar na sua casa. Mas eu já estava desesperado, tão desesperado a ponto de usar isso! – Apontei para as roupas. – Você ainda tem alguma duvida, de que não te quero por uma única noite?
Mélani pareceu impaciente quando voltou a falar.
– Você passou dos dois minutos. – Ela abriu a bolsa. – Vou ligar para policia.
Eu segurei seu braço e cheguei bem perto dela de forma que não a deixasse pegar o celular. Do seu rosto uma lágrima escorria, e isso me fez recuar.
– Você Não vai ligar para a policia, não é? – Se ela ligasse, eu ia embora. Desistia e voltava hoje mesmo para a Alemanha. Não ia aguentar tamanha frieza dessa menina.
– Eu te Odeio Tom. – Sua voz soou tão fria, que congelou meu coração. Eu engoli o seco, e passei por ela. Abri a porta sem a olhar de novo.
– Que pena Mélani, eu não posso dizer o mesmo.
Essa loucurinha toda tinha me saído caro de todos os lados.
Acabei com as férias do pessoal, com minha taxa de gastos, com a minha cabeça..!
– Espera! – Ela segurou meu ombro.
– O que é Mélani? Quer avacalhar mais comigo? – Aquela sensação estranha estava voltando. Chorar!? Bem capaz! - Vamos, pode fazer isso afinal, o Tom é idiota sem sentimentos. Posso aguentar. - Mentira, eu não podia;
– Cala a boca Tom! – Ela me puxou para mais perto. Eu me afastei um pouco, não queria mais um chute de despedida. – Ninguém te falou, que o ódio também é um tipo diferenciado de amor? – Ela literalmente me surpreendeu ao me beijar.
Eu já não estava entendendo mais nada, mas nem por isso eu deixaria de beija - lá.
Mélani se afastou.
– O que foi isso? – Perguntei.
– Sei lá. Foi um teste. – Ela riu. – Tom, você foi o único cara pelo qual me apaixonei. Não queria ser mais uma. Então fiz exatamente o contrario do que eu normalmente faria. Depois de tudo que aconteceu, eu queria saber se existia verdade, nas coisas que você disse.
Sim, eu estava bravo, mas no momento nem isso me impediu de sorrir.
– Precisava me tratar tão mal? – Perguntei enquanto passava minhas mãos por sua cintura.
– Sim. Precisava. – Ela baixou a cabeça. – Mesmo sem querer, você já me fez sofrer muito, então de alguma forma eu ia ter que devolver. Desculpa. – Ela jogou seus braços sobre meus ombros e me beijou.
Aquilo era perfeito demais.
– Tom, - Disse Mélani se afastando. – Chame Bill e os meninos. Eles vão acabar se matando se não tiver noticias suas.
– Verdade. – Peguei meu celular no bolso da calça. Disquei o numero de Bill e ele não atendeu. Mas a campainha tocou.
– Eu abro. – Disse.
Quando abro a porta, me deparo com Bill, Gustav e Georg que nem uns idiotas.
– Se você me ligou é porque está tudo bem Né? – Perguntou Bill entrando dentro de casa. – Oi, posso me declarar seu cunhado ou não resultou em nada?- ele deu um beijo em Mélani e ficou esperando pela resposta.
– Olha. Talvez cunhado não. Mais eu to de rolo com o seu irmão. – Ela parecia tão diferente quando era legal. Eu nunca tinha visto esse lado dela.
– Ah que bom! Gente, vamos almoçar fora?? Eu e os meninos ainda não comemos. – Bill parecia até mais feliz que eu.
– Tudo bem. Só vou pegar um casaco. – Mélani foi até o quarto e voltou correndo. – Vamos?
O restaurante era muito bom, cheio de pessoas. Mais era calmo, parecia algo mais social assim.. sacou?
Estava tudo bem, até um grupinho de cinco meninas adentrarem o estabelecimento gritando (que não seja para nós, que não seja para nós). Merda! Eram fãs. Mélani se afastou de mim quando viu o olhar das meninas para ela.
– Tom Kaulitz tem uma namorada? Oh Meine Gott!Sophie me passa a câmera. – A menina foi muito rápida. Ela só tirou a foto e saiu com as amigas.
– Droga! – Estavamos todos em silencio, só Mélani que falou.
– O que está reclamando querida? – Perguntou Bill gentilmente.
– Essa foto com certeza vai para algum site ou blog dessas meninas. Eu não quero fotos minhas por ai.
Georg riu.
– Laura reclamava disso. Mais teve de se acostumar. – Georg deu um tapinha no braço dela. – Imagina quando for viajar com agente, vai ter cinco mil vezes mais meninas.
– Viajar? – Mélani pareceu surpresa. – Viajar pra onde?
Todos pareceram se espantar com a pergunta. Na verdade, até eu me espantei. E Bill percebeu.
– Ge, Gust. Acho que Tom e Mel precisam conversar não é mesmo? – Ele se levantou e logo os outros dois também .
Quando a mesa ficou mais espaçosa e só havia eu e Mélani ali, eu me sentia bem mais inseguro. Droga.
– Mélani, você é minha namorada? É minha namorada não é? – Fiquei com medo da resposta.
– Sim, Tom. Eu sou. – Ela sorriu, e isso me deixou bem mais aliviado. – Mas eu não vou sair daqui. Não vou largar minha mãe, minha casa e os meus estudos. Eu te amo, mais minha vida é algo que não vou abrir mão.
Meu coração congelou de novo.
(Mélani)
– Sim, Tom. Eu sou. – Sorri para ele, tentando não assustá-lo – Mais eu não vou sair daqui. Não vou largar minha mãe, minha casa e os meus estudos. Eu te amo, mais minha vida é algo que não vou abrir mão. – Meu peito doeu um pouco ao dizer isso a ele.
– Mas Mélani... pensei que você me amasse, sei lá.
– Ai Tom eu te amo! Mais você tem sua vida e eu tenho a minha. Não posso te atrapalhar. – Ai essas palavras foram tão duras. Me sentia como se tivesse ganhado o melhor presente do mundo e ao mesmo tempo ter de devolve-lo.
– Eu fico aqui. Com você. Sei lá eu peço mais um tempo de férias para o David ou o Bill. Eu não sei! Mais não pode dizer que não vai ficar comigo!
Suspirei fundo suficiente para não chorar. Isso seria a prova de que eu queria que ele ficasse.
“Não Mélani! Você sabe que não pode telo!”
Era minha sanidade falando.
– Tom, só ouça. Não fala nada. Só eu falo dessa vez. – Ele assentiu então eu continuei. – Você não vai ficar aqui, porque se ficar eu te faço voltar. Não te quero como namorado. Não dá. Não vou fazer você assumir um compromisso comigo Tom. Porque você não pode. Você tem uma banda e suas coisas, eu posso ser boa para você agora, mais um dia não vou ser mais. E ai você vai se arrepender de ter largado as coisas por mim, e eu não quero isso. Eu sou só uma garota, Bill precisa de você sempre ao lado dele. Não pode deixa-lo, nunca Tom! – Eu simplesmente cuspi as palavras. E quando terminei de falar, senti que uma lágrima caia de meu rosto. Isso era algo que eu não queria!
– Te entendo. Você está certa. – Tom falou, tentando ser convincente, mais estava arrasado e era culpa minha!
Arght!
– Vou embora Tom. – Beijei ele no rosto e sai correndo.
Era melhor que ele me esquecesse.
(Tom)
Quando a vi indo embora, meu primeiro impulso foi ir atrás. Mas depois percebi que não tinha o que fazer. Tudo o que ela disse era legitima verdade.
Bill se sentou ao meu lado.
– Eu ouvi metade da conversa. E ela estava certa, e isso é bem doloroso.
– Sim, é muito. – Afirmei triste...
– Vamos para o hotel Tom, é melhor descansar.
Talvez eu fosse sempre um mulherengo, e meu negócio é conquistar. Já que a única garota que eu amei, literalmente fugiu de mim, é melhor ir embora.
Mesmo assim, ainda resta um dia.

Tom Eterno Conquistador - Capitulo Sete


Meu telefone tocou. Era Gustav;
~Tom: Alô?
~Gustav: Tom onde você está? Porque no seu quarto de hotel você não esta.
~Tom: To na casa de uma amiga. Mas como você sabe que eu não estou no hotel?
~Gustav: Porque eu estou no hotel! Bill disse que você estava com problemas, e já que o México não me agradou, eu vim pra cá mesmo.
~Tom: Aii Gustav todo paternal que boiola! HAHAHA
~Gustav: Olha se quiser eu vou embora! Nem devia me preocupar com você!
Bill se aproximou de mim. O celular estava no viva voz, então ela tinha ouvido tudo. Parecia bravo... comigo!?! Arrancou o celular da minha mão.
~Bill: Gustav, eu vou ai te buscar está bem? Não liga para o Tom. Ela está com distúrbios sentimentais.
~Gustav: Está bem é que... OOOOO perai, cara, você não vai acreditar em quem está vindo na minha direção!
~Bill: Quem, quem!??!
~Gustav: O Georg. Perai, ele chegou. Vou passar o telefone pra ele.
~Bill: Ollá Georg! O que te traz aqui?
~Georg: Cara.. eu acordei de madrugada preocupado com a bicha do Tom. Não tive outra opção.. se não vir até aqui.
Eu estava surpreso. Eu devia ser muito filha da puta, para tirar todo mundo das férias e fazer com que fiquem comigo.
Mas sei lá, dessa vez eu realmente queria todo mundo reunido.
– Bill, vai logo buscar eles. Eu vou arrumar as coisas aqui.
– Está bem Tom. - Bill Pegou as chaves do carro.- Até daqui a pouco.
Eu simplesmente arrumei o que já estava arrumado.
Rosas no chão (o coisinha fora de moda), eu (eu estava lindo"acho"), minha paciência..(isso eu vou ter que aperfeiçoar). Acho que não esqueci de nada. Mesmo assim, algo faltava. Meu peito doeu um pouco (ah saquei!), meu coração. Será que ele estava pronto?
O coisinha mais gay (puta que pariu).
Fui no banheiro fiz higiene, me olhei no espelho.
Cara, eu sei que eu sou gostoso, não da para negar. Putz, acho que eu estou realmente com distúrbios emocionais. Eu não era assim. Deve ser nervosismo.
Logo chegou Bill, Gustav e Georg.
– Hey Tom! - Gritou Georg.
Sai do banheiro.
– Fala ai Georg. - Apertei a mão dele. - Então quer dizer que prefere mais a mim do que a sua própria namorada? Estou me sentindo.
Ele me deu um soco no peito.
– Você está bem... esquisito vestido assim.
Gustav se aproximou, me avaliando.
– É, essa Mélani deve ser bem, bem do mal.
– Você não viu nada. - Eu de primeira não recebi a mensagem. Mas quando olhei para o corpo parado na porta...(Fudeu)
– Mélani... - Foi mais um suspiro meu sabe.
Todos os três. Bill, Gustav e Georg literalmente voaram para fora da casa.
O clima era mais que tenso. Os olhos de Mélani cintilavam raiva, e eu já sabia que meu fim estava mais que próximo.
– Tom...- Eu vi que ela tentava falar calmamente. Seu punho estava fechado e ela fazia força. Não achava que ela poderia me odiar tanto. - Você tem dois minutos para me convencer de que eu não preciso chamar a policia, e muito mais... Não te bater!
02:00

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Tom Eterno Conquistador - Capitulo Seis



Alguém começou a me sacudir, e acordei.
– Bill! – Abracei meu irmão, ele realmente tinha vindo. – Que bom que você está aqui.
– Tom! Me solta. – Bill começou a se sacudir e eu o soltei. – Você me matou do coração! Eu estava batendo na porta e nada de alguém atender. Fui a recepção e eles ligaram pra cá, e você não atendia. Por sorte eles eram gentis e abriram a porta.
Não deveria me assustar com a preocupação de Bill. Afinal, sempre foi assim. Eu estava me sentindo muito gay de ter o feito vir até aqui por mim. Lamentável.
– Tudo bem, mas o importante é que você veio. – Eu estava muito ansioso e não sabia por que.
– Já sei o que vamos fazer, no caso da Mélani. – Disse Bill. Bom, agora eu me lembrei o porquê da ansiedade.
Enquanto conversávamos Bill me avaliava.
– Tom, espera. – Ele se aproximou de mim. – Você estava chorando? Oh meu Deus Tom! Você realmente estava chorando.
Eu não me lembrava de ter chorado, me levantei e fui até o espelho do banheiro. Minha cara estava realmente esquisita. Voltei para o quarto.
– Não sei se chorei. Talvez tenha mesmo.
– Nossa, acho que essa garota não é muito certa para ter feito algo com você desta maneira.
Ele estava mais que certo.
– Pois é. Agora me explica seus planos.
Brasil... 04:54 da madrugada. (Georg)
Acordei do nada. Percebi que estava suado, felizmente não acordei a Laura
Me levantei para ir ao banheiro, quando olhei o relógio percebi que era cedo demais e eu não tinha o que fazer. Não me lembrava do fuso horário daqui para Amsterdã, então não ligaria para Tom. Eu estava meio preocupado com ele, não sei se estava bem. Talvez aquela garota o machuque.
“O Tom é grandinho Georg, deixa ele que se vire” minha mente palpitou.
“Vocês são amigos, quase irmãos... Ajude-o” e se auto rebateu!
Comecei a pegar minhas coisas e jogar na mala, não sabia exatamente o que fazer mas, precisava fazer!
– Georg? Está de madrugada acordado? Algo aconteceu?- Perguntou Laura se sentando na cama.
– Desculpe amor, sei que seria nossa semana de férias, mas... Eu acho que não posso deixar Tom sozinho. – Dei um selinho nela.
Laura sorriu. – Tudo bem Georg. Eu te entendo, se quiser posso ir com você.
– Eu adoraria, mas pode ficar e curtir o Maximo! – Sorri para ela. – Vou tomar um banho.
Amsterdã... (Tom)
– Não acredito que vou ter que usar isso. – Eu estava espantado com o que Bill segurava.
– Sim você vai. Terno e gravata são coisas essenciais! – Ele me jogou a sacola com as roupas. – Agora vá se trocar. Que horas a Mélani vai para casa mesmo?
Pensei. – As duas ela volta do cursinho. Porque?
– Vamos a casa dela! Mas anda logo, se ela chegar e nos ver lá você- Ele deu ênfase no “você” – Morre.
– Bill, porque iríamos lá?
– Vai se trocar Tom! – Ele me empurrou para o banheiro. – São onze da manha, você tem que se arrumar logo!
Entrei no banheiro, encarei a sacola com o terno e a gravata, “eca” eram pretos. Parecia até que eu ia a um enterro. Mas eu não tinha nada a perder então...
– Como estou? – Perguntei quando sai do banheiro.
– Está bem... – Disse Bill sem me olhar direito.
– O que!? Eu estou com isso que “VOCÊ” me forçou a usar e só diz que eu “estou bem”. Ah que ótimo. Vou tirar!
– Para Tom! To brincando! – Ele me teu um tapa no ombro. AFF. – Agora vamos a segunda etapa.
Ah não! Mais invenção! - Qual é a segunda etapa? – Perguntei com medo.
– Esconder essa sua cara de depressão. – Ele sorriu e tirou de sua mala uma”maleta” – Maquiagem.
Me afastei dele.
– Não! Não, não e não! Isso não!
– Ótimo! Vai vestido que nem um idiota e com cara de “chorei a noite inteira”, essa Mélani vai rir de você. – Bill fez em um tom maldoso.
Cheguei mais perto e ele já viu que tinha ganhado.
– Está bem. Faz o que você quiser. Mas sem lápis de olho! – Segurei seus braços.
– Não seu idiota! Eu não vou usar maquiagem pra te Pintar. Só vou deixar sua cara melhor.
Enquanto ele fazia sei lá o que na minha cara, eu me lembrava de quando tentaram me pintar a força. Não sei da onde tinha surgido essa idéia, mas suspeito de Natalie.
– Está pronto Tom. Você está melhor que antes. Com certeza!
Saímos do hotel em direção a casa de Mélani. Diferente de mim, Bill havia alugado um carro logo que chegou aqui. Normalmente ele dirigia devagar, mas agora o velocímetro estava em oitenta quilômetros por hora. Sendo que, Bill era uma tartaruga. Só não era mais devagar que Gustav. Nossa esse ai da até agonia de sair.
– É aqui? – Perguntou Bill quando chegamos na rua da casa da Mélani.
– Sim, na casa branca e azul. – Apontei.
– Tudo bem. – Ele entrou com o carro na garagem da casa. Não sei por que ela tinha uma garagem se não dirigia. Mulheres...
Quando descemos do carro, Bill abriu o porta-malas. Estava cheio de coisas.
– Tom, me ajuda a pegar essas coisas. – Ele me passou uma maleta. – Isso é o que vai nos ajudar agora.Vamos.
Como era previsivelmente obvio, a porta da casa estava fechada. Dei meia volta e comecei a andar.
– Está trancada, agora vamos. Não quero que me vejam com essa roupa. – Falei.
Bill bufou. – Fraco!
– Do que você me chamou? – Olhei com uma cara de “Vou te bater”.
– Isso que ouviu! Você é um fraco incapaz! Criança, egoísta, ignorante! Você desiste fácil de tudo. – Ele se levantou. – E não adianta ficar com cara de bravo Tom Kaulitz. Eu estou certo, então você não tem por que querer me bater.- O pior é que era tudo verdade. E isso me deixou muito mais bravo comigo do que com Bill. - Desculpa Tom. Só que eu quero que isso seja perfeito. – Ele se sentou na escada. – Sabe que eu daria tudo para estar no seu lugar. Amar uma garota e saber que a quero tanto a ponto de lutar por ela. Mas você desiste! Não consigo aceitar.
Me sentei a seu lado.
– Bill, para de se martirizar e me ajuda a abrir essa porta. – Sorri para ele. – Eu te amo cara! E você vai achar alguém, porque até eu encontrei!
Ele se levantou. – Pois é. Agora vamos.
Nunca tinha visto a ferramenta que Bill usara para abrir a porta. Mais funcionou.
– Agora vou no carro pegar as sacolas.
– Que sacolas?- Perguntei.
– As de rosas! – Ele saiu correndo. – Você acha que vamos enfeitar o chão com o que?
– Bill você é o cara!

Tom Eterno Conquistador - Capitulo Cinco


Clim” Cheguei no andar. Avistei a salinha de numero 32. Era agora... Eu tinha que fazer algo de real..pelomenos uma vez na vida.
Caminhei até a porta, bati e abri.
– O que o moço deseja? - Perguntou o professor com uma cara de desconfiado. A sala inteira olhava pra mim, e eu percebi que algumas pessoas me reconheceram (merda.)
– Eu poderia falar com a Mélani? - Olhei a imensa sala onde todos estavam parados olhando para mim.. “ A qualé eu sei que sou gato, mas..” Concentração. Uma só pessoa se mexeu mais que as outras, era ela.. e caminhava até a porta.
– Já volto professor. - Ao passar pela porta e a fechar, seus olhos pareciam vermelhos de ódio. Isso me intimidou, mas... hoje não era o dia. - O que você quer aqui Tom Kaulitz?
Respirei fundo.
– Olha Mélani, eu já tentei te explicar que vo...
Ela me interrompeu.- Tom vai embora! Eu já te pedi, que coisa! Você é tão orgulhoso assim que não consegue nem assumir que perdeu? Eu não quero nada com você eu não..
– Cala a boca Mélani! - Gritei. - Cala essa sua boca! Deixa de ser criança pelo menos uma vez. Eu já estou cansado dessa sua birra. Que coisa.. eu nunca disse isso para alguém, nem sei como eu vou dizer.
– Esse é o seu problema Tom, você não consegue gostar de ninguém de verdade. Isso que me faz não cair na sua. Agora vai embora? - Ela tentou ao máximo não demostrar fraqueza, e isso era incrível por que só depois eu percebi que ela tinha começado a chorar.
Eu estava perdido. Nem sabia mais o que fazer.
– Olha Mélani.. eu ainda tenho três dias. - Dei as costas e sai andando. Fechei minhas mãos com força para concentrar a raiva.
Entrei no quarto do Hotel e senti algo muito estranho. Vinha da boca do estomago até a minha cabeça. Eu achava que estava louco, até o telefone tocar.
Olhei a chamada, era do Bill.
~Tom: Alô? (Merda minha voz saiu ruim)
~Bill: Tom o que aconteceu? Sua voz está esquisita. Eu to me sentindo esquisito também.
~Tom: Vem pra cá! Bill vem pra cá por favor.. Eu já nem sei o que está acontecendo comigo. Você precisa me ajudar!
~Bill: Tudo Bem Tom, só você mesmo para me fazer perder as férias! Estou ai daqui a algumas horas. Está bem?
~Tom: Claro, claro.
~Bill: Fica calmo, depois a gente se fala. Beijos
~Tom: Tchau.
Quando larguei o telefone na mesa, minha mão tremia de leve. Eu devo estar louco, eu realmente devo!
Me joguei no sofá e botei os fones de ouvido. Samy Deluxe me acalmaria.

Tom Eterno Conquistador - Capitulo Quatro


Cheguei em casa (hotel), me joguei no sofá, e disquei o numero do Bill.
Chamou duas vezes e ele atendeu.
~Bill: Alô?
~Tom: Bill é o Tom.
~Bill: Oi Tom! Que voz é essa? O que aconteceu?
~Tom: Se lembra daquela garota, que eu falei?
~Bill: Sim, a Mélani, não é?
~Tom: A própria.
~Bill: Sou todo ouvidos.
~Tom: Hoje eu não conseguia fazer nada direito, então já que eu sabia onde era a casa dela, eu fui até lá. Estava tudo bem, a gente discutiu mas ainda sim ficou tudo bem. Ai depois ela dormiu enquanto a gente assistia televisão. Eu fui ao quarto dela e vi um diário ai...
Bill interrompeu: - VOCÊ NÃO LEU NÉ!?!
~Tom: Ai Bill eu li tah!
~Bill: Tom você é um idiota de marca maior só pode!
~Tom: Tah isso eu já sei, agora cala boca. Continuando.. Eu só li o dia em que ela disse que me conheceu, e Bill ela gosta de mim e da banda, só que ela não assume. Eu estava indo embora e ela estava dormindo. Ai eu fui dar um selinho nela e ela acordou, ela ficou ultra brava e me bateu. Eu segurei ela e beijei de verdade sabe, mas ela me mandou embora, chorando Bill, ela estava chorando!
~Bill: Eu ainda me pergunto como tem tanta mulher atrás de você! Você é um imbecil Tom. Como você acha que essa menina está agora? Ein!? Ela sabe que você só vai querer ela por uma noite, se ela é fã da Tokio Hotel já sabe de toda a história, ela te ama de verdade, pra não querer algo com você, talvez ela não queira se iludir.
~Tom: Mas Bill! Eu não a quero só por um dia! Não dessa vez, ela é... Diferente.
~Bill: Tom se você está gostando dessa menina se vira. Eu vou em alguma loja comprar um guarda chuva contra chuva de bolas de fogo. Por que no dia que você gostar de alguma garota, é isso que vai cair do céu. Tchau boa sorte.
~Tom: Ah valeu! Tchau.
Desliguei o telefone.
Eu tinha quatro dias para fazer com que ela me aceitasse de volta. Isso não seria fácil.
Fui para o banho. Depois desse dia, precisava relaxar, e achar algo para pensar.
–*-
No dia Seguinte, no Brasil.
– Georg! Acorda!
– Fala amor, aconteceu algo?
– O seu celular, você deixou desligado desde um tempo. E aqui está dizendo que você tem 11 chamadas não atendidas. Uma do Bill, duas do Gustav e resto é tudo do Tom. Inclusive a ultima.
Georg pulou da cama. Pegou o celular.
– É melhor eu ligar para o Tom.- Disse ele discando o numero, que já sabia de cor.
~Tom: Alô?
~Georg: Tom, sou eu. Queria algo? Você está bem?
~Tom: Ah Georg até que enfim! Tudo bem que você está com a sua namorada ai, no maior clima, mas não me deixa de lado né.
~Georg: AFF! Tom, fala o que você quer.
~Tom: Uma mina que eu conheci, tah me deixando louco!
~Georg: Mais uma? Você deixou 8 chamadas no meu celular, só pra falar de uma garota? Poupe-me Tom, vou desligar.
No mesmo instante o telefone ficou mudo. Georg inútil! ARGHT! Que raiva.
Joguei o telefone em cima do sofá... Tinha que pensar em algo! Mas eu ainda não sabia o que. Mélani, Mélani... Por que eu?
Quer saber? Já chega, ela vai ter que me ouvir! É hoje, e é agora!
Desci correndo as escadas, estava pulsante demais para pegar o elevador.
Peguei um dos carros do hotel (alugado), e fui até o bairro Julli's
Bati na porta... “Silêncio”. Bati mais uma vez... Nada! Ela não deveria estar em casa, então pensei em ir à Casa de Streep, da mãe dela.
Não me lembrava muito de onde era, mas no caso.. consegui achar.
Desci do carro, corri até a porta do lugar. E entrei.
– O que deseja? - Perguntou uma mulher com uns peitos hiper convidativos... ela era tão sadia e... PARA PARA TOM! Concentra!
– Ah dona... a dona daqui.- Eu não me lembrava do nome dela, por que ela nunca tinha me dito.
– Sim, a senhora Boss? Vou chamá-la.
– Obrigado. - Disse impaciente.
Não demorou muito até que aparecesse a senhora correndo até mim.
– Algum problema?- Ela perguntou. E quando me viu pareceu surpresa. - Tom Kaulitz? Aqui de novo. Que surpresa!
– Pois é, mais só estou de passagem. Queria saber, onde está a Mélani?
Todo mundo que estava perto, se virou para mim e ficou encarando. O que cortou o clima foi uma risadinha de fundo que eu vi de quem era... Maia! Estava sem tempo para pensar em algo para dizer a ela então me fixei em uma coisa só.
– Bom... a Mélani, está na faculdade.
– Ah! e a senhora pode me dizer onde é? Preciso falar com ela.
– Claro claro. - Senhora Boss pegou um papel e começou a escrever o endereço. - Aqui está. Boa Sorte, seja lá o que vá fazer. - Ela me entregou o papel.
– Obrigado.
Sai correndo em direção ao carro. Quando me sentei no banco tentei respirar.
“Calma Tom... Você consegue”
O telefone Tocou.
~Tom: Alô?
~Georg: Desculpa, não deveria desligar daquele jeito na sua cara.
~Tom: Pois é não deveria! Mas agora não importa, eu estou ocupado.
~Georg: O Bill me ligou e me contou aquela sua história da garota. Entendo agora.
~Tom: Tudo bem Georg, só que agora, eu vou atrás da Mélani. Não posso falar.
~Georg: Tah Tom, boa sorte.
~Tom: Valeu!
Desliguei o telefone e botei-o no banco do lado.
Felizmente o carro tinha GPS e eu achei a universidade mais rápido.
Fui dirigindo um pouco mais veloz que antes, mesmo eu sabendo que me ferraria se fosse multado... Com um carro que não é meu.
Entrei com o carro no estacionamento da faculdade. Corri até a recepção. A moça me disse que era no terceiro andar.
Subi de elevador dessa vez. Assim teria tempo de me acalmar. Eu não estava realmente agitado, só que “ah merda” era raiva. Raiva dessa Menina! Raiva de mim mesmo!
“Clim” Cheguei ao andar. Avistei a salinha de numero 32. Era agora... Eu tinha que fazer algo de real.. pelo menos uma vez na vida.