terça-feira, 2 de outubro de 2012

Procura-se Minha Namorada - Capitulo Dez


Domingo, três horas da tarde, Hotel Czervinsk em frente ao hospital Central.
– Minha cabeça. – reclamava Tom para si mesmo enquanto levantava. Tomou um banho rápido e atravessou a rua para visitar a sua filha adotiva. Depois de passar a noite inteira acordado, a cara dele era algo! Abriu um grande sorriso, embora cansado, ainda sim um sorriso perfeito ao avistar Megan acordada.
– Tio Tom! – a menina estava pronta para sair da cama, mas Tom correu até ela a impedindo de sair.
– Nossa já vi que está melhor. Mesmo assim nada de descer da cama.
– Aqui é chato.
– Eu sei. Quer ir embora?
– Sim.
– Vou falar com o seu médico. Já volto.
Passou por Bill e Chris que conversavam. Vamos dar uma xeretada.
– Agora que a Megan está melhor, eu vou para casa tomar um banho.
– Eu te levo. – Bill não perdia chance.
– Não precisa, o ônibus passa aqui na frente.
– Negativo. Eu vou te levar e chega. - ficou sério. – Não me contrarie.
– Está bem, vou me despedir da Megan. – entrou no quarto e se aproximou da menina. – O Bill vai me levar pra casa, ai depois eu volto.
– Não se esqueça do final da história. – relembrou.
– Tudo bem! Te Amo garota. – as duas trocaram um abraço e beijo e Chris saiu.
Por boa parte do trajeto a musica que tocava na radio cortou os assuntos entre Bill e Chris. Até que o Kaulitz desistiu e desligou o rádio. Claramente ele preferia conversar com a Chris.
– Por que está todo mundo falando dessa história?
– Q-que história? – gaguejou.
– Ah que a Megan queria saber o final.
– Ah... Essa história. – Chris tentou ficar calma, mas morria de curiosidade para saber da fonte, se era tudo verdade ou não.
– Vai me contar essa história? – Bill estacionou o carro na frente da casa da mesma e esperou. – E para de me encarar, Chris. – baixou a cabeça. – Eu fico com vergonha.
– Desculpa, é que seus olhos...- balançou a cabeça. – Esquece! Eu devo estar ficando louca com essa história, você nem sabe andar por ai. Eu achava que... Bom, esquece. – abriu a porta do carro.
– Espera ai. – Bill segurou seu braço e fechou a porta. - Você lembra de mim na estação de trem? Por que não me contou que me conhecia?!
– Eu nem sabia que era realmente você. Ai a Megan chegou com uma história, essa história.
– Megan? Ela só tem quatro anos.
– Sim. Como eu disse, foi ai que surgiu a tal história. Que na verdade, foi o Tom que contou pra ela.
– Tom? – Bill respirou fundo. Com um ar de “fodeu”. – Me conta essa história direito.
Com a voz tremula e gaguejando um pouco, Chris contou toda a história, fazendo Bill quase ter um ataque do coração. Ou melhor, entrar em coma dentro do carro.
– Depois disso, a Megan disse que eu teria de contá-la o final. Mas eu não tenho ideia do que dizer a ela. – sua pele ficou rosada.
– Então...?
– Eu terei que pensar em algo para dizer a ela. – abriu a porta novamente. – Obrigada por me trazer.
– Antes uma coisa. – Bill se aproximou da garota, e mesmo com todo seu medo e incerteza, a olhou nos olhos e encostou seus lábios nos dela. Foi como se um choque percorresse o corpo dos dois, mesmo assim ninguém recuou.  – É só um estimulo. Pra você finalizar a história. – Bill sorriu.
Chris desceu do carro lançou um sorriso envergonhado e entrou em casa. O Kaulitz mais novo ainda ficou parado uns cinco minutos com a mão no volante e o motor ligado em frente à casa de Chris. Quando voltou a si, meteu o pé no acelerador e foi voando pra casa, talvez na mente dele, ele realmente estivesse voando. Quando chegou em casa, largou as chaves e o casaco na bancada e se sentou no sofá. Não ligou a televisão e nem a luz da sala. Ficou encarando o nada com um sorriso bobo na cara. Isso durou uns quarenta minutos até Tom chegar em casa.
– Me deus Bill! Que susto cara, você ai no escuro. – sentou-se ao lado do irmão. – O que aconteceu?
– Eu... Eu...
– Você...?
– Eu beijei a Chris! – gritou. – Eu a beijei, Tom! Eu beijei ela!
– Wow, e ela te correspondeu numa boa?
– Sim! Foi perfeito, estou até agora anestesiado.
–Percebi.
– Eu não sei dizer. Foi...Foi perfeito!
– Calma, amanhã você beija ela de novo.
– Não se pode ter certeza de tudo.
– Eu estou dizendo. Eu sou Tom Kaulitz.
Depois de pegar uma Coca- Cola na geladeira, Tom se sentou junta a Bill e ficou ouvindo as bobagens que o irmão tinha pra falar. Em Drainsfort o clima não era muito diferente.
– Chris, você está a um tempão encarando essas margaridas. Que você e o Bill estão de rolo, eu já sei.
– Juliane!
– É só a verdade. Agora me conta o que houve, porque eu vi o carro dele lá embaixo. - se deitou ao lado da irmã.
– Vai guardar segredo?
– Olha Chris, as vezes você me ofende sabia? – franziu o cenho.
– Tá... Ele me beijou. – falou baixinho e começou a rir.
– Ai meu deus! E ai?
– Eu o beijei né! – um problema que com certeza vocês vão notar. Ela é muito envergonhada.
– Chris, eu sou sua irmã. Não precisa ficar vermelha em me dizer essas coisas. Eu disse que ele queria algo com você. Meine gott. Mana, você é muito sortuda.
– Não começa! Amanhã vou sair com ele. Mas tenho de achar uma roupa descente. Já viu o jeito que ele se veste? Vai ser muito difícil achar algo que combine.
– Isso eu resolvo. Sou sua fada madrinha.
Em todo o conto de fadas existe uma fada madrinha. Digamos que Juh e Tom sejam as fadas da vez. E Chris e Bill seus afilhados. Então... Segunda promete!