Era agora.
Quando meu pé pisou fora do carro, senti minha pele ser coberta por flashes. Eu vi o ponto de interrogação na cara das pessoas quando me viram de mãos dadas com o Tom. Os seguranças do programa faziam um corredor para que passássemos entre os fotógrafos e fãs. Eu andei de cabeça baixa até o interior do estúdio.
– Você está bem? - Tom perguntou com a mão no meu rosto.
– Assustada. - suspirei.
– Nem foi tão ruim. - Ele sorriu e me deu um selinho.
Quando o entrevistador começou a fazer perguntas, percebi que eu não era a única em silencio. Georg estava de cabeça baixa pensando na vida, só levantava para olhar quando percebia que o assunto da conversa iria cair nele. Eu pensei ser invisível, até ouvir meu nome.
– Então, você é a namorada de Tom Kaulitz? - Perguntou o entrevistador olhando pra mim.
– Sim. - Minha voz saiu fraca, pigarreei baixinho.
– Como conseguiu conquistá-lo? - Ele sorriu, mais acho que estava provocando. - Como segurou ele esse tempo, sendo que nem no mesmo país vocês moram?
Suspirei. Adeus invisibilidade.
– Eu não sei, sinceramente eu fugi dele. Mas não deu muito certo. - sorri. Tom segurou minha mão e puxou meu corpo para mais perto. - E quanto a essa coisa de distância, bem, estamos tentando. Não disse pra ele deixar de sair e conhecer gente nova.
– Você não tem ciúmes, Bill?
– Da Mélani?- Sorriu. - Com certeza não. Sei minha importância para Tom e também sei a dela. Não é uma disputa, até porque Tom não me ama como namorada. Me ama como irmão.
– Já sei que Tom prefere a família. - Falei. - Não me meteria na vida de irmãos deles.
– E as necessidades masculinas dele? - ele falou de um jeito muito idiota. Eu entendi o que ele quis dizer.
– Não disse nada sobre Tom não poder dormir com outras garotas.
Ficou todo mundo me olhando. Até o Gustav que não estava situado no assunto, me olhava.
– O que foi? - Perguntei inocente.
– Você deixaria seu namorado ir para cama com outras garotas? Não tem medo que ele a troque?
– Se ele me trocar, mostra que o sentimento era mentira. - Eu sorri, mais a minha cara era de: “To me irritando”. Tom percebeu.
– Não vamos discutir minha vida pessoal agora né? - Disse;
– Concordo. - Bill se meteu.
Respirei fundo. Chega desse assunto.
A entrevista continuou, com aquelas perguntas que ninguém mais aguentava ouvir, até nos despedirmos do programa e... Vir à parte ruim.
Embora eu não aguentasse mais aquele cara, eu preferia ele, do que o pessoal que nos aguardava lá na rua. Com certeza tinha mais fãs e mais mídia agora!
Eu já me ferrei mesmo, fazer o que.
(Tom)
Eu não aguentava mais aquele cara, ainda bem que acabou. O olhar de Mélani era de medo e eu até entendia o porque. Peguei sua mão, agora sim ela ia ter que segurar... Fãs, fotos e televisão.
(Mélani)
Quando a porta se abriu fui coberta de flashes de novo. Corri para dentro do carro, deixando os meninos para trás. Era melhor eles darem autógrafos enquanto eu esperava.
Respirei com dificuldade, missão comprida!
– Não foi tão ruim, não é? - Perguntou Tom entrando no carro.
– Pois é. - Só isso que eu pude dizer. Tinha sido "Horrível" sim! O entrevistador literalmente me chamou de Corna Mansa em rede mundial! Qual é? - Onde estão os meninos? - Fugi de meus pensamentos, percebendo que só estávamos eu Bill e Tom no carro.
– Bom, eles vão para uma corrida de carros agora. Eu ia junto, mas o cansaço falou mais alto.
Estávamos chegando em casa. E isso me deixava melhor. Quando avistei os portões respirei bem fundo, tentando fazer meu corpo entender que toda aquela pressão, já tinha ido embora.
Logo que abrimos a porta de casa, o celular de Bill tocou.
(Bill)
Eu achei graça da cara da Mélani.
Até ia comentar, mais meu celular me interrompeu. Então atendi.
– Alô? - Perguntei animado.
– Oi Bill, é a Susen.
– Susen! - Vi que Tom e Mélani começaram a rir de mim. Tentei ignora-los. - Como está?
– Melhorando. Tenho uma noticia boa e uma ruim. Quer saber quais são?
– Sim, claro! - Era obvio que eu queria saber. Era mais obvio ainda quem ela fosse contar.
– A ruim é que eu vou me mudar. - Ela parou por um segundo. - E a boa, que eu acho que seja boa. É que eu vou me mudar para Alemanha.
Meu corpo ficou estáticamente neutro.
– Sério!? Isso é demais!
Fiquei conversando com Susen por um bom tempo. A felicidade não era muito visível da parte dela, mas eu até entendia. Viria para Alemanha porque a empresa de seu pai era daqui, e ela era dona de tudo agora. Mas isso era o de menos! O legal era ter minha amiga aqui.
– Quando você vem? - perguntei ansioso.
– Na terça-feira. Ainda tenho que arrumar minhas coisas, então, depois nos falamos.
– Claro, claro. - Eu não era extra intimo dela mais... - Até terça.
– Porque até Terça?
– Vou esperar você no aeroporto querida!
– Ah que legal! Eu não conheço nada ai mesmo. Obrigada Bill.
– Que nada! Até então.
– Tchau.
Quando me virei, estavam Mélani e Tom rindo de algo que parecia ser... "Minha Pessoa".
Eu nem sabia por que.
– O que ouve? - Perguntei.
Os dois riram mais um pouco, e Tom falou:
– Sério? Isso é demais! Quando você vem? - Eu acho que ele estava me imitando. É ele estava! Que otário.- Bill você gosta dela, da para notar.
Como o Tom era, era... Acertivo!
– Não Tom! É que faz tempo que não tenho amigos de verdade. Sabe, estou cansado de falsas pessoas. - tentei ser sincero.
– Aham, vamos subir depois dessa. - Tom puxou Mélani. - Vamos?
– Sobe na frente. - Ela me encarou. - Eu quero falar com o Bill.
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