sábado, 29 de setembro de 2012

Procura-se Minha Namorada - Capitulo Nove


Começamos bem essa sexta-feira ensolarada, músicas, pessoas pra lá e pra cá. Adorável Hamburgo. Vamos dar uma passadinha na casa dos Kaulitz para ver o que está pegando lá.
– Agora você pode me responder. – Tom, com uma camisa de basquete gigante onde atrás guardava o nome dele, e uma boxer preta que não dava pra ver porque a blusa cobria tudo.
– Que pergunta? – Bill, sentado na cadeira com uma bermuda que deixava a mostra suas pernas finas e magras, e um roupão preto.
– Sobre a menina que você ama. Diga-me: nome, telefone, idade, onde trabalha, tipo físico, essas coisas.
– Tudo bem. – sorriu. – Chris Blocke, vinte anos, trabalha na assessoria do hospital municipal de Drainsfort, faz faculdade de medicina, é do tipo perfeita, não pratica muitos esportes, mora no bairro Drainsfort numero oitenta e quatro e bom... Eu não sei o numero dela.
– Parabéns maninho, demorou mas valeu a pena.
– Verdade, e sabe... Ela pediu meu numero.
– Agora trocou os papéis? Ela que pede seu numero? Por quê?
– Eu convidei a Chris para sair ontem, mas ela estava ocupada. Então pediu meu numero para me ligar e marcar alguma coisa. – largou o copo na pia e se debruçou na bancada. – O mais legal foi que ela prometeu que ia me ligar.
– Isso é muito bom, agora vamos logo nos arrumar, o trabalho nos espera. – terminou o suco e largou o copo na pia; se espreguiçou e saiu.

Zona norte da cidade, o que será que está rolando?
Silêncio, todos dormiam. Já era nove e meia vamos acordar meninas?! O despertador honrou seu nome e se pôs a tocar. Sirene irritante, com certeza acordaria o pessoal. Chris pulou da cama acordando de um sono, cambaleou até o banheiro enquanto encarava as margaridas que agora estavam mergulhadas em um vaso de água. Tomou café sozinha na grande cozinha e logo em seguida pegou um ônibus até o hospital. Logo quando chegou, foi recebida pelas crianças, “as” não. Uma em especial... Megan, a filha pseudo- adotiva de Tom.
– Olá querida, o que faz aqui?
– Eu estava esperando você. Porque eu preciso te contar um segredo. – Julia passou por elas, acenou e entrou na sala. Megan fazia uma carinha de sapeca.
– Então me conte, eu quero saber. – as duas caminharam até o jardim e se sentaram no banco debaixo das arvores. – Agora pode me falar! Para com esse suspense.
– O Tio Tom me contou um segredo, e disse que você era a única que poderia saber dele.
– Então me conte.
– O tio Tom me contou que o Tio Bill gostava de você. E que pro... Pro... – Se enrolou nas palavras. – Provavelmente, você também gostava do Bill. Mas tia Chris... Por que vocês não estão juntos?
– Megan, eu e o Bill somos amigos. – Uh, a tia ficou sem graça. Assustou-se com o papo de uma menina de quatro anos.
– Foi exatamente o que o Tio Tom disse que você ia dizer. Ele disse que você não estava... Não estava... Certa das coisas.
– Tom disse tudo isso pra você? – Engoliu o seco.
– Ele falou mais, mas eu não disse tudo.
Já que o tempo estava mais que bom, as duas ficaram por um bom tempo conversando. Megan falava sem parar.
– Ai o Tio Tom disse que tinha uma história de amor pra me contar. Nem eu nem ele conhecemos o amor direito, mas ele me disse que um cara que acreditava nessas coisas de amor verdadeiro, apaixonou-se a primeira vista, por uma menina em uma estação de trem. Mas ele não sabia nada dela. – a pequena deu um tempo para se lembrar de tudo. – Só que o cara acreditava que o destino ia ajudar e ajudou. Depois ele a viu de novo em um hospital onde a menina trabalhava, e o nome da moça era Chris, o menino fazia de tudo pra ficar com ela. O Tio Tom não me contou o final, porque ele disse que quem teria e me contar, era você. Então... Qual é o final?
Depois da história, Chris demorou a se recompor. Tentou pensar em algo para responder, mas não deu certo.
– Megan... Eu, eu não sei.
– Tem que saber! O Tio Tom disse que só você sabe o final. Eu quero saber o final. – fez Birra.
– Só um minuto querida. – Chris pegou o telefone e discou o numero recém adquirido a lista telefônica. – Oi, é a Chris.
Vou dizer a vocês a conversa toda, por ser boazinha.
Bill: Oi Chris! Que bom você ligar.
Chris: Eu sei, olha... Ainda estou vendo um dia. Mas no momento, preciso falar com o Tom.
Bill: Tudo bem, não tenha pressa. Vou passar pra ele.
Tom: Hello!
Chris: Como pode falar aquilo pra uma criança de quatro anos?
Tom: Ela queria uma história, e eu dei. E não é qualquer criança, é a minha filha. É esperta, puxou a mim. – brincou.
Chris: E o que eu vou falar? Ela quer um final.
Tom: Você o Bill não vão sair?
Chris: Sim.
Tom: Então, faz dessa “saída” um final.
Chris: pode ser.
Tom: Mas e ai, acreditou na história?
Chris: Não sei. É verdade?
Tom: Você que sabe. Agora vou ter que desligar, o David é legal, mais é estressado.
Chris: Tudo bem manda um abraço para o pessoal.
Tom: O pessoal, a Chris mandou um abraço pra vocês e um beijo pro Bill. – Anunciou.
Chris: Você me paga! Tchau. – Desligou.
Voltou-se para Megan.
– Me dá até terça e eu te falo o final, ok?
– Ok. – Abraçou Chris. – Te Amo.
– Também te amo. – beijou a testa da menina. – Megan você está quente querida. Vamos entrar por que parece febre.
As duas caminharam para dentro do hospital. Uma delas tentando fazer cabeça pensar, não acreditando nas coisas que ouviu. A outra, com o corpinho pequeno e quente, tentando esconder um probleminha.
~*~
No estúdio treinando as letras mais que decoradas, Bill, Tom, Georg e Gustav discutiam sobre a vida deles, ao invés de tocar.
– Antes você não sabia nem o nome dela, agora a Chris te liga? – Gustav balançava as baquetas, como se tocasse bateria invisível.
– Graças a mim. – Tom aparece do nada com uma de suas guitarras. – Essa evolução só se concretizou por ajuda minha.
– Sua?! – duvidou Georg.
– É verdade Ge, o Tom que me ajudou. – Bill sorri.
– É, a terra gira. – conclui Georg.
Como bons músicos, ensaiaram até tarde e depois foram para casa do Gustav assistir um filme. Exceto Tom que foi sair com uma “amiga”. Em plena sexta na casa dos Schäfer, rendeu altos papos. Bill foi para casa de madrugada e como já era previsto, não encontrou Tom lá. Já estava tarde e não havia ninguém para conversar, Bill juntou o útil ao agradável e foi dormir.
~*~

Onze e dez da manhã. O sábado começaria perfeito. Começaria.
Em uma cama redonda de motel, Tom Kaulitz dormia com uma desconhecida de descendência italiana de peitos fartos e cabelos longos. Resumindo: uma vadia.
O telefone do “grande pegador” tocou e fez com que os dois acordassem.
– Alô? – Era Chris. – Ah, oi. Não está atrapalhando. Pode falar. – mais alguns segundos. – Mas assim do nada? – esperou a resposta. – Tudo bem, eu vou ir até ai sim. Beijos. – desligou o telefone e pulou da cama.
– Aonde vai, Tom? – perguntou a putinha com o sotaque no estilo: “me coma”;
– Minha amiga está doente e eu vou vê-la. – Não, a gringa não acreditou, mas dane-se.
Depois de uma hora, dentro do quarto de hospital se reuniam: Bill, com balões de ar na mão, Gustav comenda chocolate, Georg, segurando um urso gigante, Chris perto de Megan. Tom chegou correndo e se pôs ao lado de Megan.
– Hey parceira. O Tio Tom está aqui. – passou a mão no rosto quente e rosado da menina.
– Tio Tom? – sussurrou abrindo os olhos. – Você veio! – passou os braços em volta do pescoço dele e o abraçou.
– Sim. Todo mundo veio. Está bem? Quer alguma coisa?
– Eu quero que todos saiam, preciso falar uma coisa com você. – anunciou. Todos ouviram e saíram do quarto.
– Pode me falar.
– Eu estou com medo.
– Medo de que pequena?
– Do escuro. – Tom percebeu que a menina não se referia a ausência de luz, e sim a ausência de vida. Sentiu algo o apertar o coração e a abraçou mais forte.
– Eu estou aqui. Posso ser bem idiota, mas não vou deixar você no escuro. – mesmo com todo aquele tamanho, Tom parecia uma criança.
– Então eu não tenho medo. Agora, me conta o final daquela história?
– Eu não sei.
– Chama a tia Chris aqui. – O pedido veio com uma suplicia. Megan estava bem mais parada do que normalmente era. Tom foi até a porta, e voltou com Chris;
– O que foi Megan?
– Tia Chris, me diz o final daquela história.
– Eu não sei;
– Ai mais que... – parou quando viu que não poderia falar palavrão. – Posso inventar um final?
– Claro.
– Então... Eu ainda não sei o que é amor, mas quando a moça viu que esse garoto a amava, deu uma chance a ele. Até que ela gostava dele também, então eles ficaram, e viveram felizes para sempre.
– Bela história. – Chris disse mais nervosa, tanto pela história, quanto pelo tom que Megan contou. A voz estava falha e fraca, a respiração mais calma.
– Então Tia Chris, faz esse final... Virar verdade. – As falas foram caladas pelo silencio.
Calma, a pequena Megan não tinha ido... Ela apenas dormia. O dia havia sido tão agitado a sua volta, que tirou um sono. Aproveitaram esse momento para transportá-la a um hospital maior. Tom deu a sugestão e insistiu para pagar a conta, já que se dizia “pai” dela.
Dentro do carro, Tom, Bill e Chris iam até o outro hospital. Onde Megan seria melhor cuidada.
– Calma Tom. – Bill disse enquanto dirigia.
– O que? – Chris se sentiu perdida no assunto. Pra ela Tom estava bem, mas em silencio.
– Coisa de gêmeo Chris. Tom só está preocupado.
– Tom já disse, a Megan vai ficar bem. Você ainda se dispôs a pagar um medico melhor. Calma.
– Eu sei, mas ela é tão pequenina.
– Forte e esperta. – Bill completou.
Depois que chegaram, Bill teve o trabalho de dar atenção a Tom e Chris. Os três passaram a noite no hospital dentro do quarto onde Megan estava. Chris dormia debruçada em Bill e Tom mantinha-se acordado ao lado da cama da menina. Logo David chegou ao hospital, se juntou aos outros três no quarto e elogiou o comportamento de Tom.
Pois é, acabamos mais um capitulo sem muitas coisas novas. O efeito paternal de Tom o manteve acordado por toda a noite até de manhã. Mas não o manteve acordado durante o dia. Bill e Chris parecem estar mais próximos, e isso era bom. Megan teve uma febre tão alta que quase alcançou o lado mais escuro das coisas. Mas depois da tempestade, vem a bonança. E desta, vamos tirar um belo proveito.

Procura-se Minha Namorada - Capitulo Oito


Chris POV’S
O que – Foi- Isso?
Voltei pra minha sala e me tranquei lá. Está bem, talvez ele não seja tão egoísta.
“O sorriso dele...”
Ai car**ho, eu não posso pensar nisso. Esse cara simplesmente está ajudando. Chris Blocke, não viaja!
“Margaridas, margaridas” , que droga minha mente entrega as coisas muito fácil! Isso não é nada normal, ele é um cara cheio da grana que não se importa com os outros. De certo só esta aqui pra faturar mais imagem.
O pior é que não dá pra levar a sério o que eu mesma estou falando. Meine Gott!
[Narrador On]
Sinceramente, prefiro as histórias contadas do meu jeito.
Totalmente atrapalhado, Bill foi o foco das crianças após o festival de guloseimas. Os pequenos foram a sala de vídeo, onde assistiram “Arthur e os Minimoys”. Ninguém acreditou que uma das vozes era a do Bill. Embora as meninas dissessem que Bill era parecido com os bichinhos do filme. Lá pelas cinco da tarde, Tom surge do nada com um violão na mão.
– E ai galera, Tio Tom na área. – anunciou.
– O que faz aqui? – Bill falou baixinho para que a fala não parecesse agressiva.
– De um tempo, eu curto essas crianças. E você tem que ir curtir a mãe deles. – sussurrou no ouvido do irmão.
– Tudo bem.
Juntaram-se em roda, agora sobe o comando do Kaulitz mais velho. Bill subiu até a sala onde Chris estava, bateu e entrou.
– Já terminou com as crianças?
– Não, mas o Tom chegou e quis ficar um pouco com eles.
– Ah. – desconfiada essa menina. – Posso te fazer um desafio?
– Acho que... Pode.
– Olha nos meus olhos e diz que está aqui por livre e espontânea vontade. – Bill deu de ombros.
– Ta. – Chegou mais perto da garota e a encarou. Olhando-a nos olhos. – Eu estou aqui, por livre e espontânea vontade. –piscou. – Agora acredita? – “Fail”, a Chris estava no mundinho da lua. – Chris...
– Seus olhos...
– O que têm eles?
– São diferentes. – balançou a cabeça. – Devo estar louca.
– Somos dois.
O que seria o papo entre duas pessoas tímidas? Até que rendeu, bons papos, boas risadas, bons... Olhares? Acho que Chris poderia rever os fatos sobre Bill.
Tom chegou a interromper a conversa em um momento, para pedir a ajuda de Bill na escolha de uma musica. Mentira, ele queria saber se o irmão mais novo não tinha cometido alguma burrada. Dada a ideia, Bill voltou a conversar com Chris.
– Pensou em mais algum desafio?
– Não. Acho que você foi sincero.
– Pode ter certeza que eu fui. – sentou. – Quer comer algo? Tipo... Sair?
– Agora? – Bill assentiu. – É melhor não. Eu ainda tenho coisas para fazer. – fez cara de: “me perdoa” – Mas... Juro que sairei com você.
– Jura? – isso são os olhinhos do Bill brilhando?
– Eu não sei se é certo... – Os sentimentos não são certos, pode crer. – Mas eu juro. – Sorriu. – E para de me olhar desse jeito.
– Que jeito? – tentou desviar o olhar.
– Não sei.
– Já é a segunda vez. – brincou.
– Verdade. – revirou os olhos.
– Então vou nessa. – levantou. – Você prometeu, não esqueça. Amanhã eu não vou poder vir aqui então...
– Me de o seu numero. Assim eu te aviso quando for cumprir minha promessa. – a cara de vergonha que essa menina fica é algo! Que coisa, ele que pediu o telefone.
– Vai me dizer o seu? – perguntou depois de passar o dele.
– Quando eu te ligar você vai saber. – disse. Enquanto anotava o numero dele no papel. – Até qualquer hora, Bill. – acenou.
E quem disse que ele fez o mesmo? Aproximou-se e lhe deu um beijo na bochecha. Fazer com que “inexplicavelmente” Chris conseguisse ficar mais vermelha.
– Até depois. – afastou-se e saiu.
Seus lábios ainda refletiam o toque com a pele lisa e macia da Chris. Os olhos ainda brilhavam de felicidade e sem prestar atenção no que estava fazendo, começou a girar e pular pelos longos corredores do hospital. Espera! Temos telespectadores.
– Bill?
No mesmo momento a dança parou.
– O- o que?- olhou para trás e respirou fundo.
– Cara, ainda bem que fui eu que vi você fazendo isso. – Tom caminhou até ele.
– Tom, você assustou!
– Deve estar tudo bem, pra você estar saltitando desse jeito.
– Sim, foi perfeito.
– A beijou?
– Não exatamente.
– Então não foi totalmente perfeito. – afagou as costas do irmão. – Vamos para casa senhor: “estou apaixonado”.
Primeiro dia dessa semana que realmente fecha com o final feliz. E quem disse que esse negócio de amor a primeira vista funcionava para ambos os amados? Com certeza, não. Para que a relação realmente valha a pena, temos que nos esforçar para conseguir.Quanto melhor a luta, mais saborosa a vitória.
~*~
Deitada na cama encarando o teto e tentando entender o que aconteceu mais cedo. Chris, que na mão direita segurava o buquê ainda intacto, viajava na maionese.
– Ganhou flores? – perguntou Juliane entrando no quarto.
– Por incrível que pareça.
– E quem se deu a essa proeza? –  sentou ao lado da irmã e começou a trocar de roupa.
– Aquele cara, Bill Kaulitz. – quando disse o nome dele, um tremor quase imperceptível passou pelo corpo dela.
– Não! – Juh pulou da cama. – Bill te deu flores!? Nossa Chris, você é a garota! Só pode. – começou a andar de um lado para o outro balançando as mãos.
– Calma Juh, como assim: “A Garota”?
– Chris! Você é muito desinformada, credo. – parou e começou a explicar. – O Bill é diferente do Tom. Ele acredita em amor verdadeiro e não fica com qualquer uma, na verdade nem sei qual foi a ultima vez que ele ficou com alguém. Se ele te deu flores, é por que tem segundas intenções. – Chris fez uma cara de desconfiada.Típico. – Calma, as segundas intenções dele não são te levar pra cama, isso é coisa pro Tom. Mas... Meu deus, ainda não creio! Você é a garota. Que Máximo!
Mesmo tentando, não teve como não rir da situação.
– Calma Juh! Vai dormir e não conta isso para NINGUÉM. Por favor.
– Certo. – deitou na cama ao lado. – De qualquer maneira. Escuta o que eu estou te falando, ele gosta de você.
– Boa Noite mana. – debaixo das cobertas, Chris ria da ideia de ter Bill apaixonado por ela. Não parecia uma coisa fácil de acontecer. Talvez lá no fundo, ela gostasse dele. Mas como assumir isso? Tinha algo nos olhos dele, algo que fazia tudo que ele dizia soar sincero. E era mesmo.
Vamos Lá pequena Chris. Nunca é tarde para assumir gostar de alguém.

Procura-se Minha Namorada - Capitulo Sete


Aceitando conselhos de Tom Kaulitz? Isso significa que a situação está chegando ao extremo. “Não vamos generalizar, talvez Só esteja confuso” Então o papo era outro; acordou oito horas da manhã, fez sua higiene matinal, ficou bons cinco minutos se encarando no espelho, tomou um banho rápido, comeu um café reforçado (afinal, o dia seria longo), se aprontou e saiu. Primeira Parada, Shopping.
O horário era perfeito. Quem em plena manhã estaria no shopping? Bill varreu as lojas infantis e saiu cheio de sacolas. Onde estavam os fotógrafos para capturar esse momento esplendido? “Flagra: Bill Kaulitz de manha cedo, passeando pelo shopping, abarrotado de artigos infantis” Seria o caus.
Segunda parada, supermercado. Como a parte das compras ficava com o Tom, Bill ficou meio perdido. Na melhor das hipóteses, passou pelo corredor de doces e foi despejando tudo que via pela frente no carrinho; balas, pirulitos, chocolates, chicletes, etc.
Já estava demorando até o telefone tocar. Então... Telefone faça sua parte.
– Alô?
– Onde está?
– Tom, você é pior que a mamãe. – Bufou.
– Está fazendo o que eu disse?
– Estou. – respondeu enquanto percorria os outros corredores.
– O que você comprou?
– Brinquedos, doces para fazer eles ficarem com diabetes, porque é muito doce, e alguns salgados.
– Faltaram as flores.
– Crianças não comem flores;
– Vou comer seu cérebro Bill! – gritou.
– Calma, eu sei que as flores são pra Chris.
– Menos Mal, compre as flores e procure as mais delicadas e claras. Eu já saquei o estilo dessa Chris.
– Da onde você tira essas coisas?
– Meu grande conhecimento sobre mulheres. Se tivesse faculdade disso, eu com certeza seria o mestre, PHD, o ancião... O cara!
– Tudo bem, hiper mega pegador. Valeu pela ajuda.
– Tudo bem! E me liga caso você estragar tudo. Abraço. – querido esse Tom.
– Obrigado por me ajudar.
– De nada.
Telefone desligado, confiança retomada. Agora vamos para a terceira parada. Hospital Municipal Infantil.
No caminho para o hospital, Bill revisava tudo para ver se não havia se esquecido de nada. Até tinha escolhido uma roupa mais solta para interagir com as crianças. Será que agora é a vez do Tio Bill? Realmente Esperamos que sim.
O carro preto parou no estacionamento lateral do hospital e de dentro surge o “homem perfeito” (“finge empolgação manolos”)! Esqueça aqui ele não é conhecido assim. Antes de pegar as compras, resolveu verificar se tinha alguém para ajudá-lo.
– Alguém aqui? – Perguntou, entrando pela porta dos fundos. Por um tempo não obteve resposta. – Hello!
– Oi. – o que seria aquela criatura correndo até Bill? Ah, sim. Juliane.
– Oi, é Juliana certo?
– Juliane. – corrigiu. – O que faz aqui?
– Eu estou de folga, e pensei que vocês não iam se importar de eu ficar aqui... Com as crianças.
– Nossa, que fofo da sua parte. – sorriu. – A Chris ainda diz que você é egoísta... – Falou pra sim mesma, baixinho.
– A Chris o que?
– Nada.
– onde ela está?
– Na sala dela.
– Por que não está cuidando das crianças?
– Depois da chuva que ela pegou ontem, ficou gripada. E do jeito que ela é super protetora... – revirou os olhos.
– Sei, bom... Então me ajuda com umas coisas ae.
– Claro que ajudo.
Que horror Bill! Você com seus vinte e um anos na cara carregou menos que uma menina de quinze anos? Hora de começar a malhar, não? No salão as crianças de três a cinco anos brincavam, e o barulho reinava. Depois de alguns esforços, Bill conseguiu a atenção de todos.
– Olá pessoal, eu sou o Bill. Vocês já devem ter me visto por aqui nos últimos dias. Eu vim passar um tempo com você, e trouxe comigo uns... Doces. – sorriu. – Vocês gostam?
– SIM! – responderam todos de imediato.
– Cadê o Tio Tome o Tio Gust? – perguntou um menino sentado ao fundo.
– Em casa, mas eu tenho quase certeza que ele vai vir aqui depois. O Gustav bom... Não sei.
Depois de alguns minutos de conversa, formou-se uma roda para que Bill pudesse se familiarizar com todo mundo. Ele deu as crianças os doces prometidos, e elas quase choraram de felicidade, porque ERA MUITO DOCE!. No meio daquela folia de “pirralhos”, a menininha de cabelos loiros, olhos azuis e sorriso perfeito se mantinha afastada.
Tentando ser simpático, Bill foi até ela.
– Oi, por que não brinca com a gente?
– Não vou brincar com você. – foi grossa, mesmo com todo o seu pequeno tamanho.
– Ué, por que? – prestou atenção na menina. – Você é a Lily, não é?
– Sou.
– Desculpa por ter te deixado cair. É que você é tão pequena e eu com todo o meu tamanho... Você parece uma boneca, realmente me deu um susto.
– Qual boneca eu pareço? – Ih Bill, te vira!
– Ã... A... Aquela... A Barbie!
– Humn...
– Vai brincar comigo? – estendeu a mão para menina. – Prometo que vou cuidar de você dessa vez. – piscou.
– Você vai de dar balas?
– Todas elas! – Então, Lily se rendeu a simpatia de Bill.
Isso ae, Bill! Conseguiu conquistar mais uma. Mas esperem, o que parece a cena a seguir...
Encostada na porta, olhando o pessoal de longe. Quem estaria promovendo aquilo? A surpresa foi grande quando Chris viu que não era qualquer um. Onde estava o cara egoísta agora? Não me parece aquele ali sentado no chão agarrado a tantas crianças. Ninguém conseguia enxergar egoísmo. Nem mesmo ela.
Bill percebeu a presença da mesma e se levantou do chão. Hora de tentar aproximação.
– Comprando as crianças com doces?
– Não. – respondeu um pouco baixo. Talvez tivesse se assustado com a pergunta.
– Quando a Juh me disse que era você que estava aqui, eu tive que ver isso de perto.
– Eu encarei isso de maneira errada no começo. Essas crianças são muito perfeitas, fofas e bom... Realmente, eu errei antes. Só estou me redimindo.
– Está bem, mas pra que tanta coisa? Essas crianças vão morrer comendo. – sorriu. Parecia menos agressiva agora.
– É um pedido de desculpas. – pegou o buquê de cima da mesa. – E eu também tenho que te pedir desculpas. – passou as flores pra ela.
– As flores... São pra mim? – Ok. Ela não esperava por essa.
– Sim. Eu e não sei se gosta de margaridas então...
– É, eu gosto. – corou.
E o silencio? Pois é, começou a reinar.
– Não vai brincar com a gente? – Bill, quebrou o gelo.
– Estou gripada, não vai rolar.
– Nos veremos depois então??
– Pode ser. – voltou andando em passos rápidos com o buquê na mão.
(continua)

Procura-se Minha Namorada - Capitulo Seis


E o medo? Pairava sim sobre a cabeça dele.
Aproximou-se um pouco mais de Chris até que a mesma percebeu sua presença.
– Olha, eu estou tentando não ficar brava e você me aparece aqui?
– Posso falar com você?
– Sou toda ouvidos.
– Vai ficar na chuva? – tentou se acalmar.
– Vai falar ou não? – medo.
– Está bem. – Bill chegou mais perto. – Eu não fiz aquilo com a menina por mal. Ela realmente me assustou.
– Dá pra ver na sua cara que você não quer estar aqui.
– Quero sim.
– A é? Dá-me um motivo então. – esperou. Mas pensando bem, o que ele diria? “Eu estou aqui por você”, sinceramente ele poderia ganhar um belo tapa por isso. Na melhor das hipóteses se manteve calado. – Pra mim, essa resposta é ótima. – Chris se levantou e entrou no hospital.
Pois é Bill, parece que não são só nós, meros mortais, que temos problemas no amor, certo? Se até o mulherengo, preguiçoso e pentelho do Tom tinha se dado bem com o pessoal, por que ele não conseguiria? Estava mais do que na hora de fazer a coisa certa. Ou tentar.
Pegou um táxi e foi para casa. Tomou um banho quente e foi preparar algo para comer. Tinha que pensar em algo para fazer, não poderia ser tão lerdo como estava parecendo. Meine Gott, cadê o Bill – Homem Perfeito? Talvez ele estivesse oculto agora, ou simplesmente nunca houvesse existido. Não... Simplesmente estava inexperiente, ou talvez fora de uso no momento. Precisa aperfeiçoar. Bill pensava em um jeito de fazer isso, e a solução entrou bufando pela porta.
– Bill Kaulitz Listing Trümper Schäfer [Gente, eu só botei Trümper pra dar ênfase!], que porra foi aquela?¹
– Meu Deus Tom, não dá pra me chamar pelo nome? É o mesmo que o seu. Kaulitz, pequeno e simples.
– Não. Eu tive que botar os outros nomes para dar mais ênfase na minha raiva.
– Raiva de quê?
– Você saiu sem avisar e o David está querendo te matar! Te matar não, nos matar!
– Explica.
– O líder da banda Tokio Hotel, além de quase machucar uma criança no Hospital Municipal, vai embora SEM avisar ninguém. E leva o maior toco da “ex-nova” namorada.
– Cala a boca Tom.
– Olha, você merece uns tapas Bill. Merece muito mais.
– Sério Tom! Fica quieto. Eu preciso da sua ajuda, não do seu questionamento.
Tom avaliava o irmão gêmeo de cabeça baixa e sabia que ele não estava bem. Só que com todo aquele filme de drama que Bill havia feito, não tinha como não ajudá-lo.
– Com o que você quer minha ajuda?
– Me diz o que fazer, eu já estraguei tudo mesmo. – socou a almofada.
– Bom, faz o típico. Dá rosas pra ela.
– Qual é Tom!
– Nem vem, eu vi isso em um filme.
– Diz outra coisa.
– Chega na casa dela do nada e diz que só sai de lá quando ela te perdoar. – sorriu.
– Tom...
– Está bem! Então porque não vai amanhã no hospital?
– Pra quê?
– Antes vai ao supermercado e compra algumas coisas do tipo, bolacha, bala, pirulito e vai lá. Brinca com as crianças e tenta se divertir.
– O que isso vai me ajudar com a Chris?
– Bill seu otário. Ela ama aquelas crianças, até eu sei disso. Pelo amor de Deus...
– Então, isso me parece razoável. Obrigado pelos conselhos.
– Estou aqui pra isso.
~*~
Em um lado da cidade mais afastado da casa dos Kaulitz...
– Essa música parece legal, como se chama?
– Chris, você não sabe? - perguntou Juliane incrédula.
– Não. Por que eu deveria?
– É Break Away, da Tokio Hotel. Os caras estavam no hospital hoje cedo.
Bruscamente a irmã mais velha tira os fones de ouvido e se deita na cama.
– Não se deixe levar pela imagem daqueles lá. – adverte.
– Do que está falando? – Juliane pareceu não entender.
– O vocalista é extremamente egoísta. O irmão dele ainda é mais simpático.
– Não, você deve estar trocando. Com certeza, Bill é mais legal que o Tom em termos de simpatia.
– Não esquenta Juh, pouco me importa. Agora boa noite.
– Se você diz... Boa Noite.
A luz foi desligada e a mente aberta para novos pensamentos. Qual é Chris, não se faça de difícil, passou a noite inteira rebobinando os versos da música não foi?Muitos sabem que foi isso que aconteceu.
I feel so claustrophobic here
Watch out, now you better disappear
You can't make me stay
I'll break away
Break Away
O que era confuso afinal, depois de tudo aquilo que aconteceu, o que levaria sua mente a querer lembrar?
Deitado encarando o teto, Bill pensava no que Tom havia lhe dito. Deveria ser tudo um sentimento verdadeiro, então ele tinha que fazer direito. Foram tantos anos dando conselhos para o irmão e agora você o pede conselhos? Nada mal.
Enfim adormeceram-se todos. E mesmo sabem que seria um dia como qualquer outro. Nunca duvide do amanhã, ele sempre pode nos surpreender.