quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Procura-se Minha Namorada - Capitulo Vinte e Cinco


– Agora,  veremos algumas regrinhas. – Disse Georg enquanto ligava o carro.
– Pode falar pai. – Disse Juliane debochada.
– Nada de bebidas fortes, nada de homens no banheiro. Pode pegar quantos quiser, mas nada de ir fazer outras coisas. Por que é bem capaz de você aparecer grávida e sua mãe e irmã me caçarão pela vida inteira e eu ainda vou ter que bancar seu bastardinho. – Terminou a frase rindo. – Nada de ficar bêbada e nada de sair sem me avisar. Ok?
– Sim senhor.
– Outra coisa. – Passavam pelas ruas em alta velocidade. – Eu vou ter que ficar como sua babá?
– Tipo... Andar comigo? – perguntou rindo. Georg assentiu. – Não, com certeza não. Assim não vou conseguir pegar ninguém.
– Verdade. Nem eu.
A noite estava perfeita. Só carrão cortando as ruas de Hamburgo. Estava um silencio dentro do carro, até Juh abrir a boca.
– Eu vou viajar sabia?
– Legal, pra onde?
– Brasil. – Respondeu desligada.
– Brasil!? Oh que foda! Me leva na mala? – Perguntou todo animado.
– por que você iria pra lá?
– Porque, pelo que eu li na internet, lá é muito foda. Alias, por que você vai pra lá?
– Familia.
– Sua família é do Brasil?
– Sim, são.
– E você sabe falar brasileiro?
– Bem mal, mas sei.
– Fala algo ai.
– Gezão, presta atenção no transito. – O repreendeu.
– Ai Juh, fala!
– Está bem... “Tu és um tremendo otário”. – Começou a rir.
– O que você disse?
– Que te amo.
– mentira! O te amo deles é parecido com o espanhol, e eu sei que você falou outra coisa! – Os dois começaram a discutir. Ficaram nessas de traduzir as frases por um bom tempo. Quando chegaram à frente da festa, Georg largou o carro com um manobrista e os dois entraram pela “vip”. Os olhinhos da Juliane brilhavam mais que brilhantes diamantes [que?]. Isso mesmo. Ela nunca tinha visto algo tão cheio de gente. Pararam no segundo andar.
–Ge, eu vou descer para a pista. Posso?
– O Juliane, eu sou seu amigo. Não seu pai! – Começou a rir. – Vai onde você quiser. Dentro das leis que eu te disse.
– Sim, senhor.
– As seis eu quero você aqui sentada me esperando, ouviu?
– Seis horas!? Tudo isso?
– Juh, seis horas. Até depois. – Após ter avisado, sumiu na multidão.
Juliane desceu para a pista de dança e tentou se enturmar. Ou se acostumar com o ambiente. Para começar melhor, foi até o bar e pediu uma bebida. Depois disso voltou a pista de dança. “Vamos Juh! É igual a quando eu estou no meu quarto dançando com o fone de ouvido. Só que aqui eu estou emprestando meu fone a todo mundo” Pensou. Até que esse pensamento não é ruim. Começou a tocar Like a G6, e a mesma entrou no embalo da musica. Diferente das meninas ali, embora muito tímida, dançava muito bem! Despertou olhares logo na primeira vez? Parabéns Juh, você é das minhas!
Georg estava do outro lado e não estava prestando atenção na pista da dança. Foi surpreendido por um tapa na cabeça que bagunçou seus lindos cabelos. Já se virou querendo matar o infeliz.
– Mais que merda é... Ah, Tom. – Concluiu esfriando a chapa e arrumando o cabelo. – Não sabe dar oi não?
– Oi Gezão, amor da minha vida. O que faz por aqui?
– Olha, estamos em uma balada, por que será?
– Aff! Nem me convidou.
– Eu convidei todo mundo. Você estava no seu momento paternal e nem ouviu.
– Então. Chegou a pouco tempo?
– Aham, a Juh estava comigo, mas já sumiu. – Deu de ombros.
– O Gezão, já estava pegando mulher sem mal ter chegado.
– O anta de tranças! A Juh é A JUH – deu ênfase no nome.
– A pirralha!? – Perguntou surpreso.
– A própria.
– Não acredito que você está dando uma de babá. – Tom se sentou nas cadeiras ao lado de Georg encostado no bar, e ria. Nossa como esse infeliz riu. Chegou a me dar tédio de tanto que ele riu.
– Tom, para. Ela nem está comigo. Só a trouxe e a deixei por ai. Para curtir. – Deu de ombros.
Dois homens se sentaram perto deles, e o assunto era bem interessante.
– Você viu aquela menina na pista? – Perguntou o mais magro.
– Qual?
– A morena. A de bermuda.
– Sim. Eu vi.
– Vai dizer, mandando ver né? Acho que ela não é daqui, viu o jeito como ela rebola?
– Pode crê. Acho que vou até chegar nela depois.
– Olha, sei não. Ela dança bem, é bonita, mas parece ser menos de idade.
– Foda-se. Ela vai dançar pra mim daquele jeito em outro lugar. – Os dois riram.
Tom e Georg que estavam ouvindo todo o papo ficaram se encarando no melhor estilo: “Está pensando no que eu estou pensando?”Levantaram imediatamente e olharam para a pista de dança e sabiam que estavam certos. Havia várias pessoas na pista dançando, mas só uma se destacava. E quem será? Pois bem, a Juliane dança muito ta? Passadas cinco musicas que ela dançou direto, foi até o bar para beber algo.
– Um Red Bull, por favor. – Também, depois de tudo isso. Ela nem parecia cansada! Invejinha.
– Com licença. – Se aproximou um rapaz de... Sei lá, vinte e três anos, por ai. – Posso me sentar aqui? – Apontou para o assento vazio ao lado dela.
– Claro! – Sorriu.
– Você dança muito! – Sorriu e ao mesmo tempo baixou o rosto. O menino! Ou você elogia, ou fica com vergonha, falou?
– Obrigada, mas não é para tanto. – Pegou a lata de Red Bull e se virou para a pista. – Depois que eu terminar isso, quer dançar?
– Eu não danço muito bem. - Assumiu, corando.
– Eu nunca tinha dançado perto de tanta gente antes. E deu certo, não quer tentar?
– Pode ser. – Os dois riram e de longe Juh avistou Georg conversando com umas meninas. Ela riu mais ainda por que achava estranha essa coisa de “chegar chegando”.
Terminada a bebida se levantou andando em direção a pista novamente. Seguida pelo cara que havia conversado com ela.
– Qual é o seu nome? – O som era alto, mas ainda sim o garoto conseguiu fazer a pergunta.
– É Juliane.
– Bom Juliane. Você vai pagar o maior mico dançando comigo. – Os dois riram e ficaram no embalo da musica Only Girl [Rihanna]. Até que o garoto não dançava mau. Só que o problema é que “ela” dançava melhor. Os dois se aproximaram mais e depois sem mais delongas o garoto agarrou ela. Tipo ficou... Só ficaram. Quando a musica terminou agora quem parecia envergonhada era a Juh.
– Meu nome é Léo.
– Léo? De Leonard?
– Exato.
– Bonito nome. – O que assunto é esse? Estamos em uma balada, pelo amor de deus! A musica mudou e agora o pessoal começou a dançar muito lok ao som de I Like It [Enrique Iglesias e Pitbull] – Eu adoro essa musica! – O Juh, que musica que você não gosta? - Baby I like it The way you move on the floor Baby I like it Come on and give me some more Oh yes I like it Screaming like never before Baby I like it I, I, I like it.! – Começou a cantar com a musica.
Ninguém realmente parou para ver ela cantando. Mas os dois estavam no centro da pista, sendo o centro de parte das atenções. Um lado muito bom da Juh, é que ela não liga para o que os outros pensam, mas no caso todo mundo estava amando. Assim se passou a noite. Ela dançou com muita gente. Depois o DJ chamou cinco garotas para subir no palco e dançarem. E quem será que foi uma delas? Pois bem, essa menina está causando demais por uma noite! Tom nem existia naquela multidão. Estava se atracando com uma ruiva por ai. Georg estava fazendo o mesmo, só que com uma loira oxigenada. E logo que Juh desceu do palco, encontrou alguns pretendentes. No total no final da noite, ela tinha pegado dezoito caras. Não, eu não estou brincando! Georg pegou seis, ai ele foi para uma “vip” Pegou duas lá, se é que vocês entendem o sentido de “pegar” desses caras. Depois voltou a festa e ficou com mais sete. Totalizando... Quinze na noite. Tom, pegou uma garota bem louquinha levou ela pra vip, “pegou” ela, [ essas aspas fazem a diferença] voltou a festa, pegou umas nove garotas e depois “pegou” mais uma na vip. Totalizando... Onze garotas. Pelo jeito a vencedora da noite foi... Cara cansei de falar o nome dela.
Quando foi cinco e cinqüenta, Juliane subiu até o segundo andar e se sentou onde Georg havia dito que era para ela estar. Um dos últimos garotos que ficou com ela estava junto. E os dois se atracavam no sofá quando Ge e Tom chegaram.
– Opa! Pode parar cinderela. Voltou a ser a gata borralheira agora. – Disse Georg. Juh se separou do menino e começou a rir. Os dois se despediram e ele voltou ao andar de baixo.
– Já vamos Gezão? – Perguntou a mesma arrumando a roupa.
– Sim, e o Tom vai com a gente.
– Ah, nem tinha visto o bebum ai. Está limpo hoje Tom? Não quero ser agarrada de novo. – debochou.
– Há há há pirralha que engraçada você!
– Hey você dois! – Georg cortou o assunto. – Vamos para o carro.
E assim seguiram os três para a saída, até que um cara chamou pela nossa dançarina.
– Hey, garota! – era um dos donos da boate.
– Ai que ótimo, descobriram que você é uma criança. – Reclamou Tom.
– Cala a boca anta de tranças. – Georg começou a rir.
– Até você! – Tom ficou tipo: WTF?
Voltaram a atenção para o carinha lá.
– Sim? Meu nome é Juliane.
– Ah, Juliane só queria avisar que você ganhou isso. – Entregou um cartão escrito: “Vip”.
– Tipo... Vip? – Perguntou ela sem entender. – Eu vou poder entrar sempre que quiser?
– Exato. Sem pagar nada. Com acesso a todas as partes da casa.
– Mas por que eu ganhei?
– Foi a estrela da noite! – Gritou e se afastou.
Tom e Georg olharam tudo espantados, Tom se aproximou da menina.
– Me deixa ver esse cartão ai... – Já ia pegar dela, mas a mesma não deixou.
– Nada disso Tom. Parece que a pirralha aqui mandou ver!
Foram para o carro e Juh teve que ir no banco de trás. Com cinto. Sim, sinto é essencial, mas para esses jovens parecem um insulto! Ainda mais quando foi o Tom que a forçou a usar.
– Vai me agradecer quando não tiver seu cérebro esmagado no pára-brisa [eu sei das novas regras, o Word não].
– Ta Tom! Eu já entendi. – Disse emburrada.
– Como foi a festa Juh? Gostou? – Perguntou Georg ignorando as alfinetadas dos dois bebes.
– Foi demais! Eu dancei muito e vários caras dançaram comigo, me chamaram para dançar no palco! Eu achei um Maximo.
– Cumpriu todas as regras?
– Sim.
– Ficou com alguém?
– Gezão, ela é uma criança, no..- Tom foi interrompido.
– Peguei dezoito caras. – Disse sorrindo como se não fosse nada demais. No mesmo momento o carro deu uma freada e tanto o Ge quanto o Tom a encaravam.
– Dezoito caras!? – Perguntou Tom. – Mentirosa!
– Quer volta lá e perguntar? – Desafiou ela. – Ou melhor, quer ligar para eles? – Mostrou a lista de números. – Aqui não estão só os que eu peguei. Tem uns que ainda querem me pegar. – Riu. – Dei meu numero a eles também.
– Eu não estou acreditando nisso. – Tom botou o cinto e se voltou para frente. Georg acalmou a respiração e começou a rir.
– Ai Tom! Ela pegou mais gente que você! – debochou.
– Cala a boca Georg.
– Tom, ta com dor na consciência ta? Quer um dos números pra você? eu te dou! – Você provoca em Juh!
– Bate ai Jujuba, você é das minhas. – Georg e ela trocaram uma saudação e depois ficou um silencio.
– Ge, vou dormir na sua casa hoje. – Tom estava quase caindo.
– Ta.
– E eu? – Perguntou a excluída.
– Também. Tem o meu quarto, o quarto de hospedes e o sofá cama. O Tom dorme no sofá cama.
– Hey, eu sou um astro do rock, não vou dormir naquele seu sofá.
– Cala a boca Tom. Você pegou o menor numero de pessoas. – Ge e Juh começaram a infernizar Tom por isso até que chegarem em casa. A casa do Ge era só alguns centímetros menor que a dos Kaulitz. E ele morava sozinho, então a casa se tornava grande. Estava tudo arrumadinho e com um cheiro bom.
– Ai que fofa sua casa Gezão! – Juh começou a andar pela grande sala.
– O jardim é ainda melhor. – Disse.
– Vou lá ver! – Andou rápido até a porta de vidro. A abriu e andou por um dos lados, até achar algo que a fez recuar um pouco. – Droga! Por que todas as casas têm que ter piscinas? – Perguntou baixinho. Respirou e continuou andando até o lado das plantas. Tinha várias plantas. – Com certeza não é ele cuida disso. – Concluiu.
Tom se aproximou devagar sem fazer barulho.
– Bu! – Segurou os ombros de Juliane a fazendo dar um grito. – Wow, silencio garota! São seis e meia da manha. – Começou a rir. – Vamos, ou você dorme, ou você come.
– Cheguei! – Gritou Bill da sala.
– Bill! – Juh já ia voltando a casa quando Tom a segurou.
– Vamos tomar banho de piscina. – Não, ele não ia fazer isso.
– Essa brincadeira não tem graça. – Respondeu séria. – Me solta agora! – Ordenou.
– Acho que não. – Pegou ela no colo fazendo menção que ia joga - lá na piscina. – Só que ele ia mesmo.
– Tom para isso não tem graça! – Coitadinha gente! Ela estava quase chorando.
– Não acredito que é tão fácil te deixar com medo! – E o imbecil ria!
– Tom! – Bill o chamou e ao mesmo tempo segurou Juh pelo braço e a puxou para si. – Solta ela seu idiota. – Deu medinho do jeito que Bill falou. Tom no mesmo instante largou a menina que abraçou Bill e começou a chorar ainda mais.
– O que foi, agora eu sou a cruela?
– Depois a gente conversa. – Respondeu sério entrando com Juh. Tom foi para cozinha tomar café com o Georg. Que não tinha visto nada e nem sabia de nada.
Bill subiu para o quarto de hospedes com a Juh ainda abraçada nele. A deitou na cama e ficou ao seu lado, ela ainda chorava.
– Calma, ele não ia te jogar.
– Ia! Ia sim, eu sei que ia!
– Ta. Ele ia, mas não fica brava. O Tom é muito infantil às vezes. E também, ele não sabe... Dos fatos.
– Não, eu já havia avisado pra ele que eu tinha um... Problema. O foda é que parece que ele não ouviu.
– Eu sei como é. – Sorriu. – Não chora não Juh! Não fica brava, por favor!
– Eu vou tentar. – Fungou e limpou as lágrimas.
– Agora, mostra aquele sorrizão que só as Blocke sabem fazer! – Juh fez um esforço, mas logo começou a rir de verdade.
– Isso menina! Agora... Que assunto é esse de você pegar dezoito caras em sua primeira noitada?
– Bom, digamos que eu seja... Boa de dança.
– Vou querer ouvir detalhes disso depois. Mas agora preciso que você durma.
– Com certeza, sinto que vou apagar. – Fechou os olhos e se aconchegou nos cobertores. Bill deu um suspirou pesado e desceu até a cozinha. Algo me diz que isso não vai prestar. Não vai presta!
Georg estava fazendo waffes e Tom estava tomando café. Bill chegou com um olhar assassino para cima do irmão e o mesmo quase engasgou.
– Ge, te dou duas opções. Deixo-te ficar aqui, rindo da cara do Tom, mas correndo o risco de levar algo na cabeça. Ou você pode ir lá para sala e deixar a gente conversar.
– Vou ficar e assistir tudo! Dane-se minha cabeça. – Bateu palmas e Tom o fuzilou com os olhos.
– Tudo bem, Tom Kaulitz seu infeliz. – Começou calmo e foi aumentando o tom da voz. – Qual foi a parte do “Problema com Água” que a Juh te disse que você NÃO entendeu? – Finalizou gritando.
– Problema...? Com água? – Pareceu pensar e ao mesmo tempo, cuidar para que Bill não o matasse. Chegou a uma conclusão. – Droga.
– Droga? Eu vou te dizer uma coisinha Tom, eu MATO você se fizer uma coisa dessas de novo.
– O Billete não extravasa por que todo mundo na face da terra sabe que me matar você não vai. – Falou descontraindo. No mesmo contra tempo Bill pegou uma faca e tacou na sua direção. Tom desviou e a faca ficou cravada na soleira da porta.
– O Bill! Essa madeira custa caro. – Gritou Georg.
– Eu te avisei! – Bill apontou para Tom. – Droga Tom, ai que droga mesmo. O pior é que não dá para ficar muito estressado com você. Só espero que você saiba que estou decepcionado. Me deixa! – Saiu da cozinha e pegou as coisas. Antes de sair relembrou. – Não chega perto da Juh, por que da próxima vez eu não erro a pontaria. – Abriu a porta e saiu.
– Cara, você é um otário! – Georg arrancou a faca que tinha ficado grudada na madeira.
– Não torra Ge! – Que carinha é essa Tom? Ficou malzinho foi?
– Não torra é o escambal. Se a menina já tinha dito que tinha um rolo com a água, por que diabos você foi ameaçar tocar ela na piscina?
– Eu me esqueci que ela tinha medo... sei lá!
– Só sei de uma coisa. O Bill ficou uma fera, e a Juh ficou mau. Eu se fosse você sentava ali no meu sofá e ficava bem quietinho.
Tom não falou nada, por que sabia que tinha errado. Às vezes as pessoas tendem a fazer merda!
Flashback ON.
– Não gosto que mexam no jardim, e em nada relacionado a ele. Só isso. – Ficou séria. – Se bem que tinha uma placa bem sugestivas dizendo. NÃO MEXA!
– Mas porque tudo aquilo?
– Tem a ver com o meu pai e o meu problema com água. – Se encolheu.
– Olha, se quiser não precisa falar. – Aloka, depois a menina começa a chorar, bem capaz!
– É melhor não falar mesmo.
Flashback Off.
Sentou-se no sofá e tentou prestar atenção na televisão.
“Tem a ver com o meu pai, e meu problema com água.”
“Problema com água”
– Tom, às vezes você faz cada merda! – Disse para si mesmo.
“Não existe padrão pro meu comportamento
Nem muita lógica nas coisas que penso
São discutíveis os meios pros meus fins
Sou inconsequente, é, eu sou assim”

Procura-se Minha Namorada - Capitulo Vinte e Quatro


 Gente, se vocês se apressarem, eu agradeço!
– Tom, para de encher o saco! – Chris tocou uma almofada nele.
– Já te deixamos ficar aqui no quarto, não reclama. – Bill estava passando lápis de olho ao lado da Chris que escolhia um par de brincos.
– Olha, vocês se merecem. – Bufou.
– Pessoal, o Gezão está lá embaixo no carro. Eu vou com ele, alguém vai junto? – Juliane estava com uma blusa do Green Day e bermuda. [ Juh: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=27504535 ]
– Não. Eu vou esperar as duas moças se arrumarem. – Tom estava deitado na cama da Chris impaciente.
– Ok. Nos vemos lá. – Desceu correndo, pegou sua jaqueta e saiu de casa. Mesmo não sendo a namorada dos caras da banda. Ninguém se safava de levar uns cliques. Nem a Juh. – Gezão, ninguém vai, só eu. – Entrou no caso e sentou no banco da frente.
– Tudo bem. – Olhou Juliane de cima a baixo. – Camiseta do Green Day, curti!Olha só parceira, estou tento uma idéia aqui.
– Idéia de que?
– Primeiro vamos sair dessa muvuca. – Georg ligou o carro e seguiu uma velocidade razoável até a festa. – Uma idéia pra incomodar o Tom.
– Oba! Fala ae! – Embora o nosso Georg estivesse no auge de seus vinte e três anos, agia como criança. E ainda como parceira de crime, a Juliane. Já vi tudo!
O salão do hospital tinha virado um salão de festas de primeira! Megan estava na porta como uma mocinha recebendo a todos bem comportada. [ Megan: http://img.ph-jpg.posthaus.com.br/Web/posthaus/fotos/52690_600_1.jpg ]
Os enfeites da festa foram todos escolhidos por Sam e Tom depois que Megan deu sua opinião. Estava perfeito! [ Festa:http://www.bienchezsoi.info/wp-content/uploads/2009/07/s5000535.jpg ]
Juh e Georg entraram no salão, deram os parabéns a Megan, depois os presentes e se sentaram em uma das mesas.
– Ta. Você comprou as coisas?
– Claro. É só nos pedirmos para a Megan falar com ele e fazer aquela cara de gatinho que todas as crianças sabem fazer e ele vai aceitar.
– Sério isso é do mau! – Os dois começaram a rir.
– Depois daqui eu vou pra balada, o Tom furou e o Gustav... Esse foi para o mau caminho depois que a...
– Meu deus, mas tudo é culpa minha! – Samantha apareceu rindo. – Não venha com essa Listing. Se o Gus não sai com vocês à culpa não é minha. Eu estou na minha casa bem de boa. [Sam: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=27504944 ]
– Aham Samantha! Você está na sua casa e o Gustav junto. – Todos riram.
– Tia Sam! – Megan segurou sua mão. – O Tio Gust chegou.
– Ta. Mas depois eu falo com ele.
– Você é namorada dele. Tem que ver ele primeiro! – Ao falar isso Megan sorriu como se dissesse: “Não é obvio”. Georg encostou a cabeça no ombro da Juh, para esconder os risos. A cara da Samantha foi hilária.
– ã... Tudo bem pequena. Vamos falar com o Tio Gus! – Pegou a menina pela mão e foram em direção a porta.
Tinha várias crianças, alguns amigos do Tom, alguns amigos da Chris. O pessoal da banda, David, os pais de algumas crianças, inclusive os pais da Megan. Que foram falar com o Tom depois que ele chegou.
– Tom Kaulitz? – Perguntou um homem alto e magro.
– Sim. E você...?
– Benni Manson. – O cumprimentou com um aperto de mão. – Pai da Megan.
– Ah! Tudo bem com o senhor? – Tom nem se lembrava de em algum momento Megan citar família.
– Sim, claro. Queria te agradecer pela festa que esta dando a minha filha.
– Ah, se me permite a Megan é como uma filha pra mim. – Sorriu. – Ela é muito especial mesmo.
– Ela me contou.
– O senhor quer se sentar? – Afinal, Tom estava sozinho em uma das mesas fazendo nada!
– Pode ser. – Puxou uma moça que estava atrás dos balões. – Essa é Katherine, minha esposa.
– Mãe da Megan?
– Não. Madrasta. – Sorriu. – A mãe da Megan faleceu e foi por isso que a Megan deixou de morar comigo. Ela adoeceu após a morte da mãe.
– Ah, entendo. – Não entende não! – Bom, curtam a festa, eu vou ver se está tudo ok. – Se levantou e deixou o casal sentado a mesa. Tom não tinha visto nenhum problema na Megan desde que a conhecera. Realmente era uma criança perfeita. Talvez só fosse perfeita por fora, não é verdade?
– Tom, que horas vamos cantar o meu parabéns? – Perguntou à pequena, fazendo-o parar de andar.
– Quando quiser amor. – Sorriu e a pegou no colo. – A festa é sua.
– Então, primeiro vem comigo.
– Para onde?
– Lá atrás, na sala de som. Onde não tem essa gritaria toda! – Pulou do colo dele e o puxou pela mão até a outra sala. Não era uma “sala de som.” Era uma parte de um escritório onde estavam os equipamentos da festa.
– Aqui está bom? – Perguntou parando de andar.
– está. Agora se senta! – Sem esperar nenhum movimento, Megan o empurrou para a caixa de som. Tom se sentou em cima da mesma e esperou. – Eu tenho um presente pra te dar.
– Mas o aniversário é seu.
– Ta! Mas não é um presente, realmente um presente. Eu vou te falar umas coisas, tipo um... Tipo um...
– discurso?
– é isso!
– Pode falar.
– Então... Eu falei com a tia Sam, e ela me ajudou. Já que eu não sei escrever tudo certo. E se ela escrevesse você ia pensar que ela que fez. Eu pensei em tudo e agora vou ter que falar. – Respirou e se sentou no colo do Tom. – Você é como um pai pra mim, e eu gosto das coisas assim. Tipo... Não me passou pela cabeça você como meu pai de verdade, por que. Fala sério! Você não cuida nem de você mesmo. – Os dois riram. – E também porque eu tenho minha família, e poderia estar com o meu pai de verdade, só que eu não simpatizo com a minha madrasta. E eu não a quero como uma substituta da minha mãe. Sabe, a minha mãe era tipo você assim. Bem viajada, engraçada e me mimava muito. Ela gostava de musicas diferentes e tocava baixo. Tipo o tio Ge. – Encostou o rosto no peito do Tom. – Eu só virei sua amiga, porque dava pra sentir. Dava pra sentir que você era legal que nem a minha mãe. Eu consigo ouvir o seu coração, e é que nem o meu. A gente ainda não conheceu o amor né Tom. Mas, é porque eu sou uma criança e você tem medo. – O que!? A menina tem cinco ou vinte e cinco anos? – Eu sei por que a minha mãe me contou. Ela era assim também. Ela não sabia o que era o amor por medo. No final das contas ela era carente. Que nem você. Ai eu apareci, e ela me contava tudo. Eu poderia estar lá com ela, mas ainda sim estaria faltando algo. Eu sei, talvez eu não esteja falando coisa com coisa, é só a minha memória que é de criança né. Mas o que eu quero dizer, é que não vai ser assim pra sempre. Se você está carente, saiba que tem sua filha e esposa aqui. – Apertou os braços em volta do corpo do Tom que a ouvi assustado e ao mesmo tempo... Não sei distinguir. – Saiba que você é o melhor pai do mundo, e que um dia, você vai encontrar alguém, e vai ter seus próprios filhos, que vão te dizer isso por todos os dias que eles te agüentarem. E claro, se você não matar eles, porque né... – Os dois riram. – Gostou?
– Tem certeza que você só tem cinco anos? – Eu ia fazer a mesma pergunta!
– Não. Eu tenho quase toda a certeza de que tenho mais.
– Eu te amo pequena.
– Me disseram que te amo virou bom dia.
– Mas não quando eu falo.
– Eu também te amo. E eu sempre vou declarar você meu pai, o melhor! Até quando você esquecer de mim.
– por que eu esqueceria?
– As pessoas esquecem. – Baixou o rostinho. – Vamos cantar parabéns! – Voltou a sorrir.
– Tudo bem. – Os dois voltaram de mãos dadas para o salão onde todos esperavam. Chris estava com Juliane em um dos cantos. Tom se aproximou. – Onde está o Bill?
– No banheiro, retocando a maquiagem. – Sério, isso é estranho as vezes.
– Megan, fica com a Tia Chris, eu vou falar com o Bill.
Tom pediu licença foi até o banheiro masculino e Bill estava na bancada do mesmo reclamando. Sua face estava borrada de lápis de olho.
– Estava chorando é? – Tom perguntou debochado.
– Estava. - Respondeu seco.
– Ué, por quê?
– Eu é que te pergunto. Comigo está tudo bem. Se alguém tem problema aqui é você. Reclamou e reclamou que eu demorava pra me maquiar. Ai eu chego aqui, lindo e divino e você faz sei lá o que e eu que levo o troco!?
– Está me dizendo que eu te fiz chorar?
– Não exatamente. O que estava fazendo?
– Conversando com a Megan.
– E o que ela disse?
– Varias coisas.
– E quais dessas coisas te fizeram me fazer chorar?
– O que?!
– Responde! – Guardou suas coisas. – Eu sei que você se segurou pra não chorar, porque o negócio bateu aqui em mim. – Apontou para o coração. Ele estava calmo e pensativo.
– Ela disse que eu era o melhor pai do mundo e... De algum jeito ela adivinhou o que se passava, como se você mais velha que eu sabe. Sinceramente isso me assustou. E também disse que eu ia esquecer ela ou algo assim.
– Ta. Não fala tudo por que não quero retocar a maquiagem de novo. Vamos logo cantar parabéns. – Os dois saíram do banheiro e foram chamar a pequena para ficar perto do bolo.
Teve toda aquela coisa de “Parabéns para você” que sinceramente só é legal quando não é pra gente [em minha opinião] eu não curto festa de aniversário. Tom, Megan e Juh apagaram as velas [eram cinco velas] e a festa seguiu. Quando já era, oito e meia, nove horas.
Só tinha o pessoal da banda e a Chris, Juh, Julia, Samantha e o David. Mais o pai e madrasta da Megan, junto com a pequena. Georg chamou Megan em um canto, e pediu a ela que fizesse o combinado. A menina assentiu e foi até Tom.
– Tom, faz um favor pra mim?
– Tudo, o que você quer?
– Quero testar meu conjunto de maquiagem.
– Quer uma boneca pra usar nela?
– Eu queria... Que você fosse a minha boneca. – Vocês tinham que ver a cara do Tom! Não tem preço!
– Pequena... Não da pra ser a tia Sam, ou a Chris, ou até mesmo a Juh?
– NÃO! Você é mais bonito que elas. Por favor. – Piscou os grandes olhos e fez cara do gatinho do sherek. – por favor... Pai. – Nossa mina, se apelou demais!
– Ai Megan, eu sou homem, por favor. Pede algo mais fácil.
– Só quero testar minhas maquiagens em você. Não tem ninguém demais aqui. Você não vai sair para rua. Por favor!
– Ta. Mas só as cores fracas, as outras vão ser difíceis de tirar. – Aceitou derrotado. A menina agarrou Tom e o abraçou forte.
– Eu disse! Eu disse que você é o melhor pai do mundo!
– Xiii! Fala baixo menina, seu pai pode ouvir e ficar chateado.
– Ta. Eu vou falar com o pessoal ali e buscar a maquiagem! – Saiu saltitando e passou pelo Georg dando uma parada. - Não acredito que estou fazendo isso com o Tom. É bom você me dar à casa da Barbie inteira e mais o carro.
– Oh menina, pra que você quer um carro? Não tem idade pra isso.
– Eu vou dar o carro para alguém especial. Vai ou não me dar o carro?
– Uma Ferrari custa caro sabia.
– Você é um astro do rock! Você tem dinheiro, não enche! É o carro ou eu não pinto o Tom.
– Ta. Mais vai logo.
– primeiro compra o carro.
– Megan! Eu estou na sua festa de aniversário! Como vou comprar um carro agora?
– Meu pai vende carros. Peça para fazer negócios com ele.
– Não sei não.
– Quer saber. Não faço mais trato com você! – Saiu batendo o pé. – Tom!!!
– Fala pequena.
– O tio Ge não quer me dar um carro. – Fez cara de brava.
– E o que tem isso?
– Eu quero um carro! Faz parte do trato.
– Que trato?
– Megan da minha vida! – Georg pegou a menina no colo.
– Me solta tio Ge! Não faço mais trato com você.
– mais que trato é esse?
Estava Tom, Georg e Megan discutindo. O resto do pessoal nem prestava a atenção neles.
– O tio Ge e a Juliane queriam me pagar para pintar você e eles poderem tirar sarro da sua cara. Eu só faria isso se eles me dessem a casa da Barbie e uma Ferrari. A casa da Barbie era para eu brincar e a Ferrari era pra dar a você como pedido de desculpas.
– O que!? – Perguntaram Ge e Tom em uníssono.
– Perdão Tom! – Fez carinha de anjo. – Eu desisti, não faria isso com você.
– Ta pequena. Agora o problema é com o Ge.
– Ai Tom, não começa. – Georg já ia saindo.
– Não. A Megan vai me pintar Ge.
– O que!? – Agora foi a vez da Megan e do Ge.
– Qual é, eu quero ganhar uma Ferrari! – reclamou.
– Tom, você é ridículo. Pode comprar uma.
– verdade. Esquece esse trato. – Começaram a rir.
Parece que ficou tudo bem. Georg foi para perto de Juliane, Gustav e Samantha.
– e o plano?
– Já era.
– Por quê?
– A Megan furou.
– Como assim?
– Eu não quis dar a Ferrari pra ela e ela contou para o Tom.
– Droga! – O Juliane, você é má garota!
– Vai ir comigo na festa ou não?
– Nunca fui a uma balada. – Assumiu corando.
– Ta de brincadeira!
– Sério. E não ri de mim.
– Ok. Quer que eu pergunte se sua mãe deixa você ir?
– Sim, eu vou lá com você.
Julia estava conversando com David, Chris e Bill em uma mesa. Juliane se sentou ao lado da mãe e a cutucou.
– Fala Jujuba.
– Posso sair?
– Defina sair.
– ir a uma balada para saber como é, - Julia já ia começar a reclamar quando Juliane terminou. – Acompanhada do Ge.
– Georg? Você vai junto com ela? – Georg se aproximou mais.
– Dona Julia, eu vou há uma balada e já que a Juh nunca foi, pensei que poderia levar ela. Não se preocupe, eu não sou como o Tom. E lá tem várias pessoas conhecidas, não tem problema algum.
– Se é assim, pode ir Juliane. Só não faz bobagem! – Advertiu.
– Valeu mãe. – Deu um beijo em Julia e se levantou. – Tchau Mana, Bill, David. – Acenou.
continua...