quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Procura-se Minha Namorada - Capitulo Quinze


Encostada na sacada tentando não pirar, Juliane procurava um pouco de ar fresco, vai que acalma suas lembranças.
– Juh?
– Que?
– Se importa se eu ficar aqui?
– Pode ficar.
Tom se aproximou e ficou debruçado na sacada também. Os dois se mantinham em silêncio, realmente mantinham no vento uma forma de pensamento. Era estranho ver Juliane sem estar sorrindo e falando sem parar. Convenhamos, tinha motivo para tal falecimento de alegria né?
– No que está pensando? – Perguntou Tom.
– Em quando vou comprar meu carro.
– Carro? – Começou a rir. Tom seu idiota, isso foi machista! – O que, um new beatle?
– Não. – revirou os olhos. – Meu Audi Q7 SUV Hybrid Concept.
– Gosta de carros?
– Sim, muito. Meu pai me ensinou muita coisa. E é bom saber de carros quando se é mulher.
– Concordo. Eu sei de carros, é legal saber quando se é homem. – Riu.
– Você não sabe de carros, Tom.
– Obvio que sei. Por que diz isso?
– Se você soubesse, teria trocado o óleo do seu carro. Sinceramente, só de ouvi-lo eu sei que ta uma droga;
– Nossa. – Cadê o machismo agora trouxão?
– Viu? Você deveria ter percebido. O carro é seu!
– Você é que é viciada.
Começaram a discutir sobre carros. Parecia ser um assunto que Juh sabia demais mesmo! E logo voltou ao normal. Tom ainda se achava melhor motorista e alegava que, só pelo fato dela ser mulher, já não deveria dirigir tão bem quanto ele. Prestaram atenção nos carros que passavam na avenida e ficaram dizendo qual era deles. Tipo aquela brincadeira de “ eu vi primeiro”.
– É melhor entrar, está ficando frio. – Tremeu na base Tom?
– Como consegue sentir frio com toda essa roupa? Oitenta por cento de você é roupa. Os outros vinte são a sua carcaça. – Debochou.
– Obrigado pela parte que me toca. – Torceu a boca. – Estou falando por você. Eu não estou sentindo frio mesmo, quer meu casaco?
– Isso é loucura! – Exclamou fugindo do assunto. – Só posso estar dormindo ou coisa assim. Nada disso é normal.
– Loucura em não estar com frio? – Perguntou confuso.
– Não! Estou falando de tudo mesmo. Nunca que ia passar pela minha cabeça ter os Kaulitz na minha casa. E é estranho, porque agora vocês parecem pessoas comuns pra mim. Tipo, meus primos sabe. Continuam minha banda favorita, só que eu não sinto vontade de ficar gritando atrás de vocês.
– Isso é TPM?
– Não idiota!
– Meu deus, vocês mulheres! – Balançou a cabeça. Juliane ignorou o comentário e continuou olhando a rua. – Não vai entrar?
– Não. Deixa o Bill e a Chris lá.
– Verdade. – Continuaram ali na sacada conversando. Sobre carros, mulheres, musicas, esportes. Tom gostava de basquete, Juh de futebol. Tom gostava de hip hop, Juh de rock. Quando um gostava de uma coisa, o outro discordava. Uma coisa só tinham em comum.
– Lamborguini. – Juh tinha uma caidinha por esse carro.
– porshe.
– Mercedes.
– Ferrari. – Sonho de consumo do Tom.
– Meu Audi Suv,.
– X5
–Maserati Quattroporte Automatica
– Está bem! Você ganhou. – Declarou Tom.
O que acontece a seguir é pura gravidade. Ficou um silencio entre os dois e mesmo assim ambos se olhavam rindo. Estavam tão perto, bem perto na verdade. DEMAIS! Respiração – olhos – mente.
– Não. – juliane se afastou um pouco. – Nem brisa cara, eu não posso te beijar. Você está maluco?
– Nem vem, você que estava perto demais. Na verdade a culpa não é de ninguém. A menos que nós dois estejamos loucos. – Deu de ombros.
– Não tem problema. Só não viaja de novo, isso parece... Sei lá. Só não vamos enlouquecer desse jeito. Oh Gott! –Começou a rir. O clima era meio tenso, mas logo voltou ao normal. – Agora vamos entrar. Tem que ter alguém perto da gente. Isso realmente foi esquisito demais. – Entrou em casa. Chris estava botando duas pizzas grandes no forno enquanto ouvia musica. Bill estava no quarto de Julia conversando com ela. Só pra ser social. Juliane se mostrou normal ao falar e logo esqueceu “todos” os ocorridos. – Vou tomar banho. – Subiu para o quarto, escolheu uma roupa de dormir e foi para o banho. Tom ficou sentado no sofá assistindo televisão. Bill desceu do quarto de Julia e se sentou ao lado do irmão.
– o que tinha acontecido?
– Um negócio com a Juh. Eu a encontrei quase sendo estuprada por uns garotos. – Falou baixinho. – Ai um deles ia puxar briga comigo. Só que eu não posso bater em ninguém! – Resmungou.
– nossa, e depois?
– A Juh acertou um soco na cara de um e o cara deve ter quebrado o nariz. Depois a gente veio pra cá.
– Que coisa! Ainda bem que não aconteceu o pior. – Avaliou Tom. – Mais alguma coisa? Parece que tem.
– Não, Bill. Por quê?
– Tudo bem, fale quando se lembrar. – Se levantou e foi para cozinha ajudar Chris.
Calma, não há nada acontecendo com Tom, nem com o interior dele. Eu juro! Homens dizem que mulheres são confusas, mas é mentira.
Juliane desceu do quarto vestindo uma camisola lilás e um casaco por cima. Sentaram-se todos no sofá e começaram a comer. Não teve como não haver brincadeiras. Tom e Juh aproveitaram para debochar de Bill e Chris, esperando que eles dissessem algo sobre o caso deles.

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