quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Procura-se Minha Namorada - Capitulo Vinte


Ta bom, a manhã não começou muito bem. Julia estava na cozinha com Juliane. As duas conversavam sem muito animo. Foi tipo, uma invasão de domicilio o que o Tom fez.
– Cristina! – Chegou gritando como se a casa fosse dele. – Cristina cadê você?
– Mas o que é isso Tom? – Julia perguntou assustada.
– Dona Julia, cadê a sua filha?
– Nossa que garoto mais mal educado. – A Juh ao invés de ficar quieta bota mais lenha.
– O TPM Fica quieta que o papo não chegou ao primário! – Ai meus dedos Juh! Ela ficou em silêncio e voltou a tomar café.
– A Chris está dormindo. – Respondeu Julia.
– Dormindo!? Como ela consegue dormir depois do que fez com o meu irmão?
Flashback on [contado pelo Tom]
O ensaio foi um pouco cansativo e depois que o pessoal guardou os instrumentos eu permaneci tocando.
– Hey Tom, o que está pegando cara?
– Nada Ge. – Não tinha nada mesmo. – Eu só estou cansado.
– Então por que continua ensaiando?
– Pra passar o tempo.
– Tom, diferente do Bill que SEMPRE sabe quando tem algo errado com você, eu só sei às vezes. Então fala logo o que deu em você. – Larguei a guitarra e acendi um cigarro,
– Gezão, eu estou bem cara. Relaxa! – Dei uma tragada. – Falando nisso, amanha você tem que me ajudar com os negócios para o aniversário da Megan. Amanha só vou dar um presente, o aniversário mesmo vou fazer no fim de semana.
– Que Megan?
– A menina que eu casei. – Respondi distraído. Georg começou a rir, ele riu tanto que ficou vermelho e começou a lacrimejar.
 Ai Tom, nessa você se superou.
– Ah Ge, você é um otário! – Toquei meu cigarro fora e me avancei nele. Começamos uma luta de brincadeira e aquele filho de uma rapariga conseguiu me imobilizar!
Depois disso, guardei meus instrumentos, dei tchau pra ele e me mandei pra casa. O Bill tinha saído na frente, eu acho que ele foi à casa da Chris. E já que ele estava fora, resolvi dar uma olhadinha no meu canal preferido, o da Playboy, claro. Pior que a programação de hoje não era das melhores, então fui ver o jogo de basquete na ESPN. Fiz pipoca, peguei minha coca-cola na geladeira e me sentei descalço no sofá. Do nada alguém quase derruba a porta de casa e entra fazendo o maior barulho e falando trezentos palavrões. Eu cai do sofá de susto mais logo me levantei pra bater no infeliz, só que o infeliz era o Bill.
– Droga! O que eu fiz de errado! – Começou a despejar uns CDs da prateleira. Os chutou e depois começou a socar a parede. – Eu sou um idiota mesmo. – Car*lho, ele estava chorando.
– Bill! Bill para de fazer cena. – Ele me olhou assustado e depois veio na minha direção. – O que aconteceu? – Ele não me respondeu só me abraçou e começou a chorar. Parecia que ele era uma criança sei lá. Eu fiquei parado sem reação, não tinha o que fazer. – vem, vem cá. – O puxei para o sofá e me sentei. Ele continuou chorando e abraçado em mim.
– Tom, dói tanto. Dói de um jeito que eu nem sei. – Sussurrou.
– Você está em assustando cara. Para de chorar Bill! – Em outra situação eu acharia isso muito gay. Só que dava pra sentir que era sério. – Tem a ver com a Chris? – Ele assentiu. – Ela não aceitou namorar com você? É isso? – Ele negou. – Ta, ela estava estressada e brigou com você? – Negou novamente. – Então me explica Bill. Eu sinto as coisas, mas não sei tudo.
– Tom, eu cheguei lá na casa dela. – Respirou fundo. – Eu, eu nem bati sabe. Ninguém nunca liga. – Sua mão tremia. – Ai, ai, quando eu entrei na sala eu vi a Juh com uma cara de assustada. Ai, eu segui o olhar dela e... – Voltou a chorar.
– Aconteceu alguma coisa com a Chris, Bill? – Perguntei. – Responde!
– Ela estava beijando outro cara! – Eu senti. A dor dele passou por mim e com certeza foi mais fraco do que ele sentia, mas mesmo assim eu senti que doía. Mas não teria sentido algum pra Chris fazer isso com ele.
– Calma mano. Você tem certeza que foi isso que você viu? Ela não disse nada pra você?
– Não, ela nem me viu. Eu cheguei e sai. No máximo a Juliane me viu. – Ah, que merda.
– Humn...
– Por que, Tom?! Por que comigo? – Me apertou. Cara, eu sabia que não era legal essas coisas de amor, olha só a merda que fizeram com o meu gêmeo.
– Vamos subir Bill. Vai dormir. – O levantei e levei-o até o andar de cima. Com certeza Bill passaria a noite inteira mal. Então tomei a liberdade de botar um remédio na água dele, assim ele ia dormir por um bom tempo. O mesmo nem suspeitou, se trocou e foi dormir. E pelo jeito dormiu mesmo, eu passei no quarto dele mais tarde, e ele havia realmente caído no sono. Na minha cabeça, eu pegaria o carro agora e ia tirar satisfações com a dona Chris, mas estava tarde e eu não consigo sair quando estou indisposto.
Flashback Off.
Narradora ON.
– Seja lá o que seu irmão viu e supôs, ele está errado. – Argumentou Juliane seca.
– Eu já não disse pra você permanecer quieta? – O Tom ta muito com o rei na barriga.
– Escuta aqui mal educado, você está na minha casa. Estou pouco me lixando se você está bravo ou não! Olha o respeito! – Só faltou a Juh voar com a faca no pescoço dele.
– Hey você dois! Já chega. – Julia gritou exasperada. – Tom, a Chris não fez nada contra o seu irmão. E se ela está dormindo, foi a muito custo porque ela está mal. Minha filha não é uma má pessoa. O garoto que o Bill viu ontem era o Erick, ex-namorado da Chris. E ele a beijou a força. Se o Bill não tirasse conclusões precipitadas e esperasse. Ou até mesmo avisasse que estava ali, ele saberia que a Juh ajudou a Chris a se separar do Erick. E que a mesma ficou bem abalada pelo o que aconteceu, e ainda está muito mal.
– Nossa. Eu sabia que a Chris não faria isso! – Tom começou a rir de felicidade.
– Não sabia não. – Sussurrou Juh, e os dois se encararam.
– Hey, vocês dois. Bem menos! E Juliane, leve para sua irmã os biscoitos dela, por favor.
– Eu levo! – Tom se meteu. – Assim eu já falo com ela.
– Tudo bem. – Julia largou a bandeja na mão dele. Que subiu as escadas cuidadosamente. Empurrou a porta com o bumbum, largou a bandeja na escrivaninha e se sentou ao lado de Chris na cama.
– Chris! – A sacudiu. – Chris, acorda ai! – Falou mais alto.
– Tom? – Se mexeu. – Tom! – O abraçou pela cintura. – Tom! Tom, você tem que acreditar em mim, por favor! – Ela poderia estar chorando, só que não existiam mais lágrimas alguma.
– Calma cunhada, obvio que eu acredito em você. – Sorriu. – Mas tem alguém que ainda não acredita.
– Como ele está? – Perguntou se ajeitando na cama.
– Antes. – Tom se levantou e pegou a bandeja. – Seu... – Inspecionou a comida. – Leite com biscoitos. Pera ai. Leite com biscoitos? – Começou a rir. – Você come leite com biscoitos no café da manha?
– Qual o problema? E na verdade não como todo o dia. Só quando eu era pequena e ficava doente. Na adolescência era quando eu estava triste. E agora é quando eu tenho problemas. – Pegou a bandeja dele e começou a comer. – Fala logo como ele está.
– Mal. Bem mal, muito mal! – com as palavras, Chris se encolheu. – Sabe Chris, eu não tinha visto o Bill tão mal como ontem. Sinceramente, ele estava destruído.
– Ai droga! – Bateu com a mão na cabeça. – Eu vou falar com ele! Eu preciso falar com ele! – se levantou e largou a bandeja. – Vai me ajudar, não vai?
– Claro, sempre. – levantou. – Vou esperar você trocar de roupa lá em baixo. – abriu a porta e desceu. Julia estava assistindo televisão. Tom foi para janela fumar. Lá no jardim estava Juliane regando as plantas com um regador de mão. – Que maluca. – Falou para si mesmo. E sabendo que estava muito bravo com a Juh pelo que ela fez, foi até elá. Chegou bem quietinho por trás, com uma cara séria e parou. – Bu!
– Mais que merda é essa! – Gritou se virando e dando de cara com Tom. – Ah não, é a própria merda. – Falou seca.
– Onde foi parar seu respeito em pirralha?
– No mesmo lugar que o seu.
– Eu poderia muito bem ligar aqueles splinkers só pra te ver chorar de novo. – Ta esse assunto foi tipo, nada a vê! E o Tom não estava rindo, o que era bem mais bizarro.
– E o que isso tem haver?
– Não, só pra você ver que eu não sou tão idiota quanto você.
– E desde quando eu sou idiota?
– Sinceramente? Nos últimos dias é isso que você está parecendo. É o jeito como está se portando.
– E o que você tem com isso?
– Nada, mas eu não costumo conviver muito com pessoas diferentes. E quando consigo, espero que seja agradável.
– E quem disse que eu estou afim de você convivendo comigo?
– Ninguém, é por isso que eu te digo. Que mesmo a sua irmã sendo minha cunhada, não vou mais aparecer na sua casa. Nem mesmo quando for convidado. Se incomoda a você minha pessoa, então tudo bem. Não sei por que essa mudança repentina de humor. Mas eu não espero mais descobrir. Fica ai com as suas... Plantas. Só espero que não fique assim pra sempre, porque não seria legal outras pessoas ouvirem tanta bobagem de você. – Deu as costas e começou a andar pelo grande jardim. Juliane ficou parada com uma cara de idiota, só depois voltou a se mexer.
– Tom, espera! – Correu até ele e o segurou. – Espera.
– O que você quer?
– Me desculpa. – Falou baixando a cabeça. – Eu, eu não sei por que eu estou assim. Realmente me desculpa.
– Ta eu te desculpo. – Deu as costas e saiu.
Juliane ficou no meio do jardim, sem entender. Se ele a desculpava, por que continuou sério e tudo mais? Cadê o Tom alegre e idiota? As piadas sem graça? Ora, ora.
Chris e Tom foram de carro para a casa dos Kaulitz. Mas antes Chris pediu para passar em uma floricultura. Onde comprou um pequeno buquê de rosas brancas. Já se foi o tempo que as moças que ganhavam flores, não é? Parou na garagem, Chris desceu do carro e Tom permaneceu sentado.
– Não vai vir Tom?
– Não.
– Mas a sua casa é muito grande!
– O quarto dele é no segundo andar. Todo o lado esquerdo do corredor central do segundo andar é dele.
– Ta bom. – Respirou fundo. – Eu vou lá. – caminhou a passos firmes para o andar de cima com o buquê entre as mãos. Subiu as escadas calmamente e abriu a porta do quarto do Bill. O quarto era enorme, e ele estava deitado dormindo. Chris se sentou ao seu lado e começou a acariciar seu rosto. No mesmo instante Bill acordou. – Oi. – Ela estava tímida e com medo. Ele estava triste, e com medo.
– Oi. – Se ajeitou na cama. – Por que está aqui?
– Você me odeia?
– Não, nunca.
– Quer me matar?
– Só se preparasse minha morte depois.
– A ta, que bom. Porque o que você viu ontem não foi real.
– Sério!? – no mesmo instante ele pareceu se alegrar.
– Seríssimo. Muito sério. Aquele otário que me agarrou ontem é meu ex- namorado. Eu estou traumatizada até agora pelo que ele fez. – baixou a cabeça e riu tristonha. – Se não quiser acreditar, tudo bem. – deu as rosas pra ele. – Isso é um pedido de desculpas, por te machucar.
– Ai Chris! – Bill a abraçou forte. – Eu acredito em você, obvio que acredito! Eu, eu fiquei com tanto medo que tudo fosse verdade. Minha nossa eu senti que morreria se fosse verdade.
– Isso quer dizer, que não está bravo comigo?
– Mesmo que tivesse sido verdade. Eu nunca poderia ficar bravo ou odiar você. No mínimo eu acharia que a culpa é minha. – sorriu. – Mas você está aqui, e... E não é mentira você realmente é perfeita. Chris eu te amo.
– Nossa, eu... Eu não pensei que seria tão fácil assim. – Ficou vermelha. – E eu também te amo.
– Espera um minuto. – Bill pulou da cama e foi até sua bolsa. Pegou a caixinha preta e voltou a se sentar perto da Chris.
– O que é isso?
– Eu ia fazer do jeito tradicional, só que o Tom disse que ia ser muito clichê. Então, eu falo logo. – respirou fundo. – Chris Blocke, quer namorar comigo? – gente! Que momento fofo! A Chris não acreditou quando ouviu o pedido, e muito menos quando viu o anel. Ficou sem reação. Os olhos de ambos brilhavam, o rosto do Bill esboçava apreensão, felicidade e euforia. O rosto de Chris esboçava surpresa, felicidade e amor.
– Bom, eu... Eu, eu aceito Obvio! Eu aceito ser sua namorada, Bill Kaulitz! – Pulou em cima dele e os dois se beijaram. Foi profundo, foi mágico, foi perfeito e romântico! Ambos estavam chorando só que de alegria. Bill botou o anel em Chris e ficou segurando suas mãos.
– Não acredito que agora você é minha de verdade.
– Nem eu. – Cara, o rosto da Chris estava vermelho. De novo..!
– por que você está sempre vermelha?
– Acho que é vergonha sei lá.
– Vergonha de que? De me namorar?
– Não, com certeza não é por te namorar.
– Que bom, porque a gente vai sair agora.
– Sair!? Onde?
– No shopping.
– Pra que?
– Eu vou te beijar em publico, segurar sua mão por todos os lugares. Assim o pessoal vai ver que Bill Kaulitz já tem uma namorada. E é a melhor de todas.
– Ai meu deus, Bill! Vai ser uma muvuca em volta de você.
– Tenho seguranças.
– Ah, verdade.
– Vou me arrumar.
– Vou falar com o Tom.
– Tom? Cadê ele?
– No carro, escutando musica.
– Ah bom.
Chris desceu correndo para contar a Tom que estava tudo bem. O mesmo ficou feliz pelo resultado, e disse que adoraria segurar vela para os dois no shopping, mas ia para casa do Georg. Bill se arrumou, pegou as coisas que ia precisar e depois desceu para pegar o carro. Ele e Chris foram acompanhados de dois seguranças. Todo mundo os notou no shopping. E era exatamente o que o Bill queria. Foram ao cinema, mas conseqüente aos dois não serem santos, não viram quase nada do filme. Quando o filme acabou, os dois saíram rindo da sala de cinema, e levaram um susto com a quantidade de fotógrafos que os aguardavam.
– Meu deus Bill! – Chris segurou o braço dele o pondo na sua frente para esconder o rosto.
– Chris! – começou a rir. – Por que está se escondendo?
– Eu to vermelha. Imagina minha cara nas fotos!?
– Ai que frescura! – Fez Chris soltar seu braço e a segurou pela mão. – É só sorri e andar. – Saíram pelo estacionamento e deram de cara com... Fãs.
– Bill Kaulitz! – Correram até eles. – Nossa, nos dá um autógrafo? Podemos tirar uma foto? Ain que máximo!
– Tudo bem, onde quer que eu dê autógrafo?
– Nos DVDs. – Entregou os HCL’s para ele que rapidamente os assinou. Tinha mais outras duas meninas, só que elas não pareciam fãs. – Agora uma foto.
– Eu tiro a foto! – Chris estava quieta, mas essa era sua chance de não aparecer em menos UMA foto.
– Você é namorada do Bill? – Perguntou uma menina que ainda não tinha dito nada.
– S-sim. – ae Chris!!!!
– Posso tirar uma foto de vocês dois juntos?
– Claro! – Bill se intrometeu no assunto e puxou Chris pra seu lado. – Pode tirar. – Sorriu. Chris fez um sorriso forçado, mas saiu bonitinho.
Depois de toda essa exibição, Bill levou Chris em casa. Ela o convidou pra ficar um pouco e o mesmo aceitou. Conversaram sobre tudo, tudo até o momento que eles se encontravam agora.
– Semana que vem começa uma bateria de shows.
– Turnê?
– Isso.
– Que máximo!
– Não vai sentir saudades minhas?
– Claro que vou! Só que é o seu trabalho, eu entendo. E também, vai ser legal vocês fazerem shows em vários lugares;
– Que bom que pensa assim. – Acariciou seu rosto. – Vou te trazer várias lembrancinhas, de cada lugar que eu for.
– Tenho até medo das suas lembrancinhas. – Debochou.
– É melhor ter medo mesmo. –Opa! Essa é a voz do Bill sedutor?É. Ele e Chris se beijaram novamente, agora um pouco mais forte, quente e com um pouco de luxuria. Grandes ingredientes para uma sopa, não é? Só que todo o ser humano é ser humano então. Stop the Kiss. – Vou ter que ir amor. Já são quatro da tarde e eu tenho ensaio e depois vou ir no hospital dar o presente de aniversário da Megan.
– O aniversário da Megan! Tinha me esquecido.
– Não se preocupa, a festa é sábado. O Tom está preparando tudo.
– Festa?
– Sim. Uma hora essa menina é filha dele, agora é a esposa dele. Vai entender.
– Esposa? – Perguntou Chris, confusa.
– Depois te explico. – Roubou um selinho e se levantou. – Boa Tarde, te amo!
– Também te amo meu protótipo de namorado perfeito!
– Hahaha, tchau linda. – Acenou e saiu.
Chris se jogou no sofá e ficou rindo como se estivesse nadando em pétalas de rosas. E ela estava mesmo! Afinal acabou tudo bem, por hoje. Hehehe, ainda a muito dessa história que tem de se resolver. Vale a frase que tanto não fazia sentido: “O Amor é uma flor roxa que nasce no coração dos trouxas”. Adoro essa! [usei no começo do capitulo 13, lembra!?]

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