quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Namoro, Fama e Alguns Rolos a Mais - Capitulo Quatro


– Espera. Eu não consigo.
O que? Não consegue!? Não consegue o que?!
– Tudo bem Tom? – perguntou Mélani – Aconteceu algo com, você? – Eu percebi que o “você” não era realmente direcionado a mim
– Sim, estou bem. – me deitei do lado dela.
– Então o que houve? – ela começou a rir.
Ah que ótimo! Só falta minha namorada achar que eu sou broxa. Urght.
– É que Mélani, eu estou com uma vontade imensa de transar com você, mas diferente de todas as outras, você é minha namorada. Isso é muito esquisito, olha meu estado. – apontei para o meu “amiguinho" que não estava nada sossegado. – Controlei tanto esse desejo, que não sei como passar por uma barreira que eu mesmo criei.
– Você quer? – ela perguntou sorrindo.
– Muito.
– Então não tem nada que te impeça.
Mélani subiu em cima de mim, e começou a me beijar. Eu segurei sua cintura e a pressionei mais contra meu corpo. Inicialmente era só uma troca de carícias, ela estava no comando afinal. Eu já havia parado para pegar a camisinha no criado mudo e depois tudo fluiu normalmente. Ela era tão mais “selvagem” digamos, naquele momento. Eu não poderia ter achado mulher melhor. Suas unhas deixaram marcas em minhas costas, ela me apertou com força. Nada Demais. Me senti muito virgem ao transar com ela(me senti um putão falando isso mesmo). Pois era a primeira vez que eu realmente estava indo para a cama com alguém, diferente. E quando eu acordasse, não teria de dar tchau.
Depois de algum tempo, o cansaço tomou conta de nossos corpos. E acabamos indo dormir.

(Bill)
Ai minha cabeça, como dói. Que droga! Eu nem fiquei muito tempo assistindo televisão com a Mélani ontem. Não tinha motivo para dor de cabeça.
Falando em Mélani...
– Oi Bill. – ela atravessa a cozinha e me da um beijo de bom dia. – Dormiu bem? Você está com uma cara meio esquisita.
Que ótimo, eu to feio.
– Não sei, eu dormi bem mas, acordei com dor de cabeça. E você? O Tom te deixou dormir? – soltei um risinho.
– Ontem eu dormi assistindo jogo de basquete, aí o Tom de alguma maneira que eu não sei como, me levou pro quarto. Depois a gente ficou conversando e... – E?? E a história era muito obvia, não? Não. – O Tom não reagiu normalmente ontem.
Levei um susto.
– Como assim, não agiu normalmente? – tah brincando que ele não fez! O Tom virou broxa ou algo assim?
– Ele estava louco para... – Ela fez uns gestos. Eu entendi. – Só que na hora ele não sabia realmente o que fazer, porque eu era namorada dele!
– Ca-Ra-Lho. O Tom não conseguiu... – nem precisava completar a frase Né!
– Não Bill, não é isso. – Tah então o que era?- Ele queria muito, mas estava esperando que eu não deixasse. Achou tão estranho eu não falar nada que na hora ele ficou sem reação. Mas depois eu o ajudei a se concentrar. – Ela riu.
– Ah sei. Então ficou tudo bem?
– Ficou tudo ótimo!
Ficamos tomando café da manha em silêncio. Nada de Tom aparecer, isso era estranho por que ele acordava antes de mim. Mais o assunto não era tão importante nesse momento. Meu celular tocou. Era uma mensagem... Da Susen! Normalmente, na verdade ela nunca me mandou mensagem no celular.
“Não vou poder mexer na internet por um tempo querido. Meu pai está mal, bem mal mesmo.
Beijos, Susen”
Nossa... coitada, eu não era próximo do meu pai, mas deveria ser ruim.
“Ah que coisa! Desejo melhoras a ele
Mandei a resposta e voltei a arrumar a mesa da cozinha, Mélani me avaliava.
– O que foi? – perguntei olhando pra ela.
– Não pode me contar sem eu perguntar?
– Ah! É que a Susen, Ela não vai mexer na internet por um tempo, por que o pai dela está muito mal.
– Nossa que pena.
– É mesmo.
Finalmente o Tom apareceu, descendo das escadas com cara de sono.
– Minha nossa Tom! Você acordando tarde, essa é nova. – eu disse com cara de deboche.
– Bom dia pra vocês. – ele ignorou meu comentário e se sentou ao lado de Mélani na mesa. – Você acordou que horas?
– As nove.
– Como conseguiu?
– Olha, nós fazemos assim. Abre um olhinho depois abre o outro, mexe o corpinho e acorda pra vida. – Mélani disse pegando o nariz de Tom com a mão.
– Vou ligar para a Susen, estou sobrando aqui. – me levantei da mesa pegando celular do bolso.
Não sei se era certo eu ligar pra ela, na verdade eu nunca tinha ligado, estava apreensivo. Mas isso não era motivo para não tentar.
Disquei o número.
– Alô? – A voz era baixa e muito doce.
– Ah, é a Susen?
– Sim, é o Bill não é?
– Sim, sou eu. – Eu dei uma risada sem graça. – Como você está?
– Estou péssima. – Eu tenho a nítida sensação de que ela estava chorando. – Bill, o meu pai morreu.
Congelei. O que eu ia falar pra ela? Não tem o que dizer.
– Nossa, sinto muito. Realmente sinto muito Pelo seu pai.
– Tudo bem, olha é melhor eu desligar, Você não tem de ficar mal por mim. Depois nos falamos.
– Se você prefere, tudo bem.
– Beijos. – Ela desligou.
Eu até queria poder ajudar, mas não tinha como.

(Mélani)

Eu e Tom ficamos conversando na cozinha por um bom tempo, mas eu precisava sair. Não conseguia ficar dentro de casa por muito tempo. Mas não tinha necessidade que ele fosse junto, depois percebi que não estava em casa e que não saberia nem ler uma placa escrito “PARE”. Ah droga.
– Algum problema Mélani? – perguntou Tom.
– Não nada. – eu não precisava reclamar sobre isso. Ele ia querer sair e não daria certo. Toda aquela gente em volta, não e não. – Onde estão Gustav e Georg? Ainda não os vi.
– Verdade. Quer ir a casa de um deles?
– Pode ser. – nós iríamos de carro e voltaríamos de carro. Não teria problema.
– Vou ligar pra ele. – Tom foi pegar o celular.
Eu sei que mais dia menos dia, a mídia saberia que eu e Tom estamos namorando, mas enquanto eu pudesse aproveitar minha vida privada. Eu aproveitaria. Estava tudo tão bom, eu estudava, claro, e isso era uma das coisas que nos separava. Um dia tudo fará sentido. Meu celular tocou, o numero do visor era lá de Amsterdã, deveria ser minha mãe.
–Alô – Atendi.
– Senhorita Mélani Schafgen? – A voz era de alguém que eu não conhecia.
– Sim sou eu. O que deseja?
– Aqui é da Faculdade Federativa de Amsterdã. Viemos através desta ligação informar que, nesta semana, não haverá aulas. A prova final é na sexta-feira da semana que vem.
– Nossa! Que legal. Obrigado por avisar.
– De nada.
Eu queria no mínimo pular que nem um coelho, de tanta felicidade
– O que aconteceu? – perguntou Tom entrando na cozinha. – Porque essa cara de ganhei na loteria?
– É que foi mais ou menos isso.
– Ganhou quanto? – Ele riu. – Da pra comprar uma Ferrari?
– Ah Nada a vê! Pelo menos pra mim, é melhor do que qualquer prêmio.
– Então dever ser bom mesmo. O que aconteceu?
– Vou embora domingo. – tinha que ver a cara de susto que ele estava. Domingo era amanhã.
– Como assim!? Por que você ir embora amanhã seria algo legal? Não estou te entendo Mélani, quer se livrar de mim? – foi engraçado ver ele bravo. Comecei a rir da cara dele. – Está rindo de mim? Está achando graça? Tchau. – ele subiu correndo para o quarto dele bateu a porta com força.
Bill que estava lá na rua entrou para saber o que havia acontecido, eu fiz sinal para que não se preocupasse.
Subi devagar até o quarto do meu Kaulitz bravinho, bati na porta.
– Posso entrar? – Falei com uma voz meiga.
– Não! Tenho que me acalmar, embora queira te xingar, isso seria errado. – A voz dele era de raiva mesmo. Isso era maldade minha. Ignorei o que ele disse e entrei no quarto. – Sai Mélani, não quero discutir.
– Só se você for discutir sozinho. – disse me deitando ao lado dele na cama. – Você realmente ficou bravo? – perguntei rindo.
– Não, Imagina. Eu estava louco que você fosse embora! – ele disse gritando. – Porque você fez isso?
– Você tirou suas próprias conclusões, chato! – Me virei para encará-lo. – Eu disse que ia domingo. Não disse que domingo era.
Não sei, mas ele ficou realmente um minuto pensando. Eu esperei.
– Então você não vai embora amanhã?
– Claro que não!
– Ai Mélani! Cara, pra que você falou isso? Se sabe que eu não fico bem com essas coisas. – ele fez carinha de coitado. – Já é bem difícil não ter você todo o dia aqui, e ai você vem e fala essas coisas.
Ai me deu pena.
– Tah Tom, não está feliz por eu ficar uma semana aqui? Vou embora terça como combinado então. – eram assim as coisas.
Ele se virou pra mim e botou a mão no meu rosto.
– Para de fazer drama? – Sorriu e me deu um beijo.
Era tão bom ficar assim. Parecia que não ia acabar.
Lá de baixo ouvíamos barulhos.
– Gustav e Georg? – Perguntei. – Não era nós que íamos a casa deles?
– Não. Eles preferiram vir aqui.
Descemos até a sala, estavam os dois meninos que eu senti falta. Meus amigos!
– Ah meninos! – abracei os dois ao mesmo tempo. – Senti saudades.
– Pois é, também senti saudades de você. Principalmente quando o Tom ficava falando sem parar. Talvez se você estivesse com ele, ele não se lamentasse tanto. – Disse Georg sorrindo de deboche para Tom.
– Ah, pois é. – Ele falou brincando, mas não era um assunto que eu gostava. Então só assenti.
– Georg está certo. – Gustav sorriu. – Mas sentimos sua falta por outros motivos também. Tom não é tão chato.
Era muito chato ser a única mulher no meio deles. Só que gostava de ver todos reunidos, me sentia menos sozinha naquele mundo desconhecido denominado Alemanha. O dia passou corrido. Assistimos a um filme de comédia dessa vez, e depois jogamos uns jogos que o Bill tinha. Perdi... Claro.
Os meninos ficaram até tarde na casa dos Kaulitz, eu fui dormir primeiro que eles, então não faço ideia de qual era o papo no andar de baixo.
Espero que o assunto não seja minha pessoa.

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